Pressão por produtividade, deficit de pessoal, assédio moral, péssimas condições de trabalho e, para finalizar, uma intensa campanha de difamação recheada de mentiras. No Brasil de 2020, esses são os elementos que compõem a rotina dos servidores públicos.
Ignorando a dedicação dos funcionários públicos e sua centralidade para o funcionamento do país, Jair Bolsonaro já chegou a declarar que o funcionalismo é “uma fábrica de marajás” e “o grande problema da Previdência do Brasil”.
No Congresso, diversas Propostas de Emendas Constitucionais (PECs) e Projetos de Lei (PLs) ameaçam direitos históricos dos servidores, como a estabilidade, e propõe até a diminuição de salários e jornadas.
O resultado desse assédio institucional? Os casos de adoecimento psicológico no funcionalismo público estão aumentando.
Diferentemente do assédio moral, que se consuma em situações específicas, o assédio institucional ganha corpo de forma difusa e ampla, atingindo a moral e a autoestima de um grupo que foi previamente escolhido para se atacar. Para o governo Bolsonaro, um desses inimigos é, sem dúvida, o servidor público.
De forma desleal e injusta, o presidente e sua equipe não medem esforços para jogar a população contra os servidores, criando um sentimento de rivalidade e exclusão que, fatalmente, leva ao adoecimento.
Desmotivação, insegurança sobre o futuro e até perseguição política se tornaram a rotina dos servidores. No caso dos TAEs, a situação é ainda mais delicada, já que o governo Bolsonaro tem o ataque às universidades como um dos pilares de seu governo.
Para a coordenadora de combate às opressões do Sinditest-PR, Marisa Ribas, a campanha de estigmatização promovida pelo governo Bolsonaro é um dos eixos de seu projeto de destruição do Estado brasileiro.
“O reconhecimento é um pilar fundamental de toda profissão. Ao mirar a autoestima dos funcionários, Bolsonaro quer fragilizar o serviço público para, então, destruí-lo. Não é de espantar que os servidores estejam adoecendo diante de tamanha injustiça. Nossa luta por valorização e direito é também uma luta pelo respeito”, afirma.
Fonte: Sinditest-PR