Defender e apresentar à direção do Hospital de Clínicas as demandas dos técnicos lotados no complexo hospitalar. Este foi o objetivo de uma reunião realizada no início da última semana (26). Participaram do encontro, convocado pelo Sinditest, diretores desta e da próxima gestão, além de trabalhadores da base. Representando a patronal, a Superintendente do Complexo do HC Claudete Reggiani e Laryssa Martins Born, Chefe da Divisão de Gestão de Pessoas. Em pauta, assuntos de grande interesse da categoria, como o Ambulatório de Funcionários e o calendário de final de ano.
Ambulatório dos Funcionários
Primeiro ponto a ser abordado, a situação do “esvaziamento” do Ambulatório dos Funcionários preocupa os trabalhadores e trabalhadoras do local – angustiados com a possibilidade de mudança sem aviso prévio. Questionada sobre o futuro dos técnicos do AF, Claudete garantiu: “continua tudo do mesmo jeito. Ninguém vai tirar nada de lá antes do Reitor dizer pra onde vai”.
“O que tinha no Santana, muito andar de arquivo, material que não se usa mais no hospital, esses materiais vão lá para Piraquara. Para que a gente tenha um ambiente bom, para que todos possam trabalhar adequadamente, o hospital precisa se sustentar. Nós temos três casas alugadas, então focamos na reforma da antiga lavanderia para transformá-la em um centro administrativo. Tudo que pertence à questão do hospital a gente quer trazer para o centro administrativo. Vem a divisão de gestão de pessoas e a divisão financeira. A casa do ambulatório dos funcionários é uma questão da Reitoria, que vocês precisam discutir com o Reitor. É um posicionamento dele”, explicou a superintendente.
A direção sindical, por meio de ofício, solicita uma reunião com o Reitor e com os Conselheiros para discussão aprofundada do assunto.
Recesso
Outra demanda diz respeito ao recesso de final de ano. “Essa é sempre uma questão complexa porque envolve escala de trabalho, troca de plantão, várias pequenas demandas dos trabalhadores, que às vezes cada chefia encara de uma forma. Ano passado nós fizemos um acordo de negociação em relação ao recesso que contemplou grande parte da categoria”, relembrou Max Dias Colares, coordenador do Sindicato.
Em resposta, a superintende enfatizou que o acordo anterior foi realizado diretamente com a Reitoria e que se houver novamente este ano não haverá problema em acatá-lo.
De acordo com a gestão do Hospital, há uma ordem de serviço que regulamenta o recesso de final de ano. Serão consideradas folgas para todos os vínculos os dias 24 e 31 de dezembro. Nestas datas ninguém precisará repor e o hospital funcionará em regime de plantão.
Movimentação
Sobre a movimentação de funcionários da Funpar que estão nos departamentos atuando nas disciplinas, Claudete afirmou que são propostas várias opções de locais de trabalho dentro do Hospital. “Quanto mais vocês estiveram no HC, mais estarão garantidos”, alertou.
Entretanto, o relato dos trabalhadores à direção sindical diverge do apresentado pelo HC. “Algumas pessoas estão nos procurando e contando que a necessidade delas saírem das disciplinas e trabalharem no hospital está sendo discutida há muito tempo. Algumas estão sendo chamadas e, quando apresentam negativas quanto ao local de trabalho, é sugerido que façam o acordo pra saírem do hospital”, relatou Rosaninha Silva, trabalhadora Funpar e coordenadora eleita para a próxima gestão do Sinditest.
“O hospital não pode estar pagando para quem está no setor. A primeira coisa que eu disse para essas pessoas é que venham para o HC, onde teremos muito mais condição de garantir do que nas disciplinas. São funcionários do hospital trabalhando na Universidade. Então, que venham para o hospital”, enfatizou Claudete.
O Sinditest acompanha de perto a questão no sentido de garantir que qualquer movimentação seja realizada da melhor forma possível, contemplando os anseios dos trabalhadores.
Escalas
Assim como nas demais instituições que compõem a base do Sindicato, a jornada flexibilizada de 30 horas é sempre um assunto pertinente. “Após a IN 02 saiu uma nota no site do HC em que é colocado que não há risco para a jornada flexibilizada de 30 horas no Hospital de Clínicas, e que ela não será colocada em questão. Até porque existe parecer de órgãos de controle que legitimam a jornada no hospital. Queremos saber até que ponto a instrução normativa está em vigor aqui no hospital, algumas chefias têm utilizado isso como justificativa para não autorizar as trocas de plantões, entre outros”, pontuou Max.
“A gente tem duas situações: a primeira dos celetistas da EBSERH, cuja legislação não adianta querer discutir, não tem muito como ter flexibilidade. Do RJU, por enquanto, não estamos dando orientação nenhuma. O que a gente sugere é que, se possível, respeitem o intervalo de 12 horas interjornadas, mas por uma questão de saúde do trabalhador. A instrução normativa, por enquanto, não está em vigor no hospital”, afirmou Laryssa, chefe da divisão de pessoas.
Jantar e estacionamento noturno
Último assunto a ser tratado, a viabilidade do retorno do jantar bem servido aos trabalhadores do noturno e também o uso das vagas ociosas do estacionamento serão verificadas pela gestão do hospital. Ambos os temas voltarão a ser discutidos em uma próxima reunião.