Greve suspensa:trabalhadores(as) voltam ao trabalho quinta-feira

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Os(as) trabalhadores(as) da base do Sinditest aprovaram a saída da greve em conjunto com as demais bases filiadas à FASUBRA e o retorno ao trabalho para amanhã (15), em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (14), na Tenda da Greve, no pátio da Reitoria da UFPR. Portanto, tanto técnicos RJU quanto FUNPAR devem voltar às atividades nesta quinta-feira.

A base também aprovou, sem alterações, a nota do Comando Estadual de Greve (CEG) sobre a suspensão do movimento paredista.

Com a aprovação em segundo e último turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 no Senado Federal, a greve deixa de ter sua maior motivação: o combate à medida. No entanto, a base determinou a manutenção do estado de greve para que os(as) trabalhadores(as) continuem mobilizados(a). O cenário demanda que a luta prossiga para enfrentar os próximos ataques, como a reforma da Previdência, que já tramita na Câmara dos Deputados.

Ponto dos(as) servidores(as)

Um dos pontos de pauta foi a negociação com as Reitorias sobre o ponto dos(as) servidores(as) e o acordo de compensação dos dias parados.  A coordenadora de Administração e Finanças do Sinditest, Mariane Siqueira, trouxe os informes da reunião de terça-feira (13) com o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho.

Na ocasião, o reitor, amparado pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) e pela Procuradoria Federal, chegou a propor – e pressionar – por um acordo de compensação de horas não trabalhadas. A proposta foi formalizada por escrito durante a assembleia de hoje.

A Reitoria se apoia em um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) que recomenda a compensação em horas. “Os acordos dos anos anteriores da FASUBRA com o Ministério da Educação (MEC) de compensação de trabalho consolidaram uma prática administrativa, que não deveria ser rompida. O parecer da AGU não é definitivo quanto à forma da compensação. Ainda há espaço para negociação”, afirmou o advogado Henrique Krammer. O Sindicato continuará trabalhando nessa direção.

Na assembleia, os(as) trabalhadores(as) aprovaram a continuidade da negociação por reposição de trabalho.

UTFPR

Quanto à negociação na UTFPR, o coordenador geral do Sinditest Carlos Pegurski informou que o Sindicato irá protocolizar uma moção ao reitor da instituição, Luiz Carlos Pilatti, informando que ele descumpriu acordo de greve ao apresentar ao Conselho Universitário (COUNI) uma moção de apoio com texto diferente do acordado com o movimento paredista.

O acordado com os(as) grevistas foi de que a Reitoria apresentaria uma moção de apoio à greve, e o reitor modificou o texto, apresentando uma moção de apoio aos motivos da greve.

UNILA

Na UNILA, o reitor Josué Modesto dos Passos Subrinho também está fazendo pressão para a reposição em horas. “Essas chefias não estão entendendo que nós não fizemos uma greve por reajuste de salário, que nós fizemos uma greve contra os 20 anos de retrocesso da PEC 55, e que daqui a pouco, quando eles não estiverem mais com cargos na Universidade, eles vão sofrer as consequências junto com os técnicos administrativos”, afirmou a coordenadora do Sinditest Dayane Carolina Paulino.

A base encaminhou que as comissões formadas para negociar os acordos de compensação têm autonomia para levar a discussão adiante, e que nenhum acordo de reposição em horas será aceito. Para definir os próximos rumos das negociações e também um calendário de lutas para 2017, será realizada uma assembleia geral na terça-feira (20), com primeira chamada às 9h30 e segunda, às 10 horas, na Tenda da Greve.

PEC 55

Seguindo a proposta de um trabalhador da base, a categoria aprovou também dois encaminhamentos relativos à PEC 55. O Sinditest irá solicitar que o Conselho Universitário (COUN) da UFPR se posicione quanto à constitucionalidade da Proposta; e encomendará ao Conselho Setorial do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR a produção de um documento sobre as ações de enfrentamento à PEC cabíveis no âmbito jurídico.

Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.

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