Greve da EBSERH: cláusulas econômicas serão julgadas pelo TST

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Chega ao fim a maior greve da história da EBSERH. O movimento paredista, nacional e unificado, reivindicava, desde 21 de setembro, a reabertura das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho da categoria, cujas discussões não avançavam há quase quatro anos. Após intensa mobilização em todo o país, as pautas das trabalhadoras e dos trabalhadores foram levadas ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), que irá julgar as cláusulas econômicas no dia 10 de outubro.  Ao todo, 37 das 41 filiais da empresa aderiram à greve, incluindo as funcionárias e os funcionários lotados no Complexo Hospital de Clínicas.

“O ponto central colocado pela EBSERH como condicionante deste processo de negociação, que é a insalubridade, foi deixado de lado. Houve pleno acordo da manutenção das cláusulas sociais, incluindo os dois dias de abono. Já as questões econômicas, como a empresa não apresentou nenhuma proposta, houve comum acordo com a Ministra que serão levadas a julgamento”, explica Renato Koth, empregado público e membro na mesa de negociação do ACT.

Ele completa: “Esse acordo prévio foi arremetido hoje nas assembleias por local de trabalho em todo o Brasil e aqui no Paraná a decisão dos trabalhadores e trabalhadoras foi de acatar a proposta”.

Para Máximo Dias Colares, coordenador do Sinditest-PR, o recuo da EBSERH, que forçou a empregadora a retornar à mesa de negociação com os Sindicatos e trabalhadores, é uma vitória do movimento paredista. Ao longo dos quase 10 dias de greve, foram realizadas assembleias e reuniões diárias e, mesmo com o mau tempo, os grevistas permaneceram constantemente mobilizados em frente ao Hospital de Clínicas.

“Esta greve nos mostrou a importância da união e da articulação da classe trabalhadora em prol da conquista e manutenção de direitos. Alertamos que os dias não trabalhados terão que ser repostos no prazo de noventa dias, que é um prazo curto, portanto, ressaltamos que os sindicatos estão à disposição para auxiliar os funcionários quanto à reposição dessas horas”, afirma o dirigente sindical.

“Nós não tivemos nenhum dia com menos de duzentos trabalhadores parados. Já fizemos outras greves, mas essa pela repercussão foi com certeza a que chamou mais atenção da gente dentro do hospital. A empresa em Brasília foi notificada com antecedência e aqui no hospital realizamos com a direção uma reunião preparatória. É claro que a greve gerou preocupação, mas ao mesmo tempo o comando conseguiu junto um bom canal de diálogo junto à direção do CHC e a resolução da greve aconteceu.  Acreditamos que conseguimos atingir uma conciliação de interesses”, finaliza Renato.

Confira as fotos do último dia da greve!

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