Governo Federal prioriza reforma que impõe perda de direitos a servidores

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Duas reformas estão agitando o cenário político em Brasília: a Tributária e a Administrativa. Mas o governo Bolsonaro prefere focar na segunda, que tem como objetivo retirar direitos dos servidores públicos.

O governo até cogita enviar as duas juntas para aprovação do Congresso Nacional, mas o foco na destruição dos serviços públicos tem a preferência do presidente.

A Reforma Administrativa impõe novas regras para o funcionalismo. Ela prevê, entre outros itens, o fim da estabilidade para cargos públicos, a redução no número de carreiras e salários, rigorosa avaliação de desempenho visando a demissão de servidores e entraves para promoções e gratificações. A ideia, tanto do governo quanto de senadores e deputados, é votar e aprovar os textos até junho, antes do recesso parlamentar.

A pressa se deve ao início do período eleitoral, o que atrapalharia as mudanças porque as mobilizações contrárias ao governo poderiam afetar os interesses envolvidos nas eleições municipais.

A tramitação da Reforma deve começar já em fevereiro, acionando o alerta aos sindicatos e aos servidores.

“Precisamos mobilizar todas as categorias e reforçar a união de classe para fortalecer esta luta”, destaca o coordenador-geral do Sinditest-PR, Daniel Mittelbach.

“Sabemos que nenhuma luta é fácil, mas, neste momento crucial, precisamos de um maior apoio de nossa base e uma participação ainda mais ativa dos servidores públicos federais para derrubar esta tentativa de acabar com nossos direitos. O apoio político dos que já se manifestaram contra as mudanças também será primordial”, reforça o dirigente.

O Sinditest-PR já atua na prática combativa e tem buscado a união dos TAEs e das outras categorias. Neste momento, estuda novas ações para enfrentar mais esta batalha. “Buscaremos a vitória com a união de todos os setores do funcionalismo público pois, para o governo, somos o problema do Brasil”, conclui o coordenador-geral do sindicato.

Já a Reforma Tributária não recebe tanta atenção por parte do Governo Federal porque há diversas propostas que pretendem reduzir a tributação sobre o consumo e aumentar a tributação sobre a riqueza, o que incomodaria as elites que apoiam o governo.

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