Gestão Excludente marca administração da UFPR e do Complexo Hospital de Clínicas

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Insatisfação, decepção e frustração são apenas alguns dos sentimentos compartilhados pelos servidores RJU do Complexo Hospital de Clínicas (CHC-UFPR). Além de problemas básicos do hospital, os técnicos vivenciaram a mais severa forma de marginalização até o momento, caracterizada pela negação do direito de participar da escolha dos representantes da categoria nos Conselhos Superiores da UFPR

O edital eleitoral estabelecia claramente que a votação seria realizada por meio do e-mail institucional. Contudo, a Comissão Eleitoral restringiu essa prerrogativa ao endereço @ufpr.br, ignorando os endereços eletrônicos terminados em @hc.ufpr.br, utilizados pelos técnicos administrativos em educação (TAEs) lotados no CHC.

Diante deste problema, aparentemente de fácil resolução, o que faz a gestão? Mais uma vez, optou por excluir os trabalhadores do hospital, privando a grande maioria de exercer seu direito na escolha dos representantes no Concur, Coplad e Cepe (Coun).

Pior é o tratamento dispensado aos aposentados, que ao se aposentarem perdem acesso ao e-mail @ufpr. Mesmo nesse cenário, a votação para essa categoria foi realizada por meio de um endereço de e-mail inexistente, o qual precisava ser reativado. Tal prática resultou em um número muito baixo de participantes.

Nisso tudo, consideramos como mais grave  o não acesso ao SEI UFPR e a falta de integração dos SEIs do CHC com o sistema da Universidade. É recorrente a prática que pode ser vista como uma violação do direito dos trabalhadores e de baixa transparência, que ocorre quando técnicas e técnicos RJU são impedidos de acompanhar seus processos individuais localizados na caixa SEI da UFPR, ficando facultada à gestão a concessão de acessos externos, como se externos fossem.

No entanto, tanto o gabinete do Reitor quanto o departamento de pessoal da Superintendência do CHC têm pleno acesso ao SEI da UFPR, demonstrando que a integração é possível, desde que houvesse uma gestão humanizada, comprometida com a criação de um SEI unificado para todas as unidades dentro do hospital.

A insatisfação da categoria é compreensível diante da recorrente utilização do Sou.Gov como justificativa para não atender às demandas dos TAEs. Essa prática suscita questionamentos sobre a eficácia do sistema em superar a alegada incompetência da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe). O discurso que persiste, defendendo a concentração de todos os processos do CHC em um SEI do protocolo, em plena era de avanços tecnológicos e inteligência artificial, parece desatualizado e desconectado da realidade.

Para que a cidadania e a democracia sejam exercidas por todos os RJU dentro do CHC é preciso vontade política da alta administração, seja a Reitoria, seja a Superintendência, para possibilitar instrumentos que garantam uma real inclusão. Hoje, a exclusão é o que de fato acontece.

Será que o desejo de excluir as entidades da organização das eleições para Reitor tem a finalidade de ser excludente como foi com as Eleições dos Conselhos para os TAEs?

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