O advogado da Funpar, Luiz Antonio Abagge, se comprometeu a elaborar uma proposta patronal e enviá-la por escrito à Comissão Obreira de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019, em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (14), na sede da Funpar.
Abagge declarou no início do encontro que não iria comentar sobre cláusulas financeiras, porque essa parte será decidida pela Funpar, Reitoria da UFPR e direção do Hospital de Clínicas.
A gerente administrativa do HC, Mônica Evelise Silveira, afirmou que não dá para atrelar as contratualizações do Hospital com a Funpar ter dinheiro. “Temos vários erros de gestão que oneram o Hospital e nós estamos tentando corrigir”, admitiu.
A coordenadora do Sinditest Mariane Siqueira, recém eleita coordenadora de Saúde da Fasubra, disse que é necessário discutir com os(as) trabalhadores(as) o financiamento do HC, porque é de onde vêm os recursos para pagamentos dos salários. “Temos também muito interesse na correção desses erros.”
A trabalhadora Juçara Maleoni ressaltou que não é mais possível utilizar o discurso de que a folha de pagamento da Funpar é o “calcanhar de Aquiles” do Hospital. “Atualmente, somos cerca de 745 funcionários. Não temos mais as horas extras. Essa desculpa não cola mais.”
Juçara reforçou também as pautas da manutenção dos empregos e da valorização da categoria. “Quando sairmos do Hospital, que seja de cabeça erguida e com dinheiro no bolso.”
Outro ponto levantado na reunião foi o local de entrega de atestados médicos. Mesmo que no atual ACT conste que o documento pode ser entregue no HC, muitas chefias não aceitam, e obrigam os(as) trabalhadores(as) a irem até a sede da Funpar. “Isso está errado, já é um direito que consta no ACT, tem que ser respeitado”, afirmou Mônica.
A próxima reunião de negociação será realizada no dia 21 de maio, às 10h, na sede administrativa do Sinditest, quando a patronal já deverá ter apresentado sua proposta à comissão obreira.