Funcionários(as) da EBSERH exigem da gestão explicação formal sobre insalubridade

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Trabalhadores e trabalhadoras dos setores administrativos do Hospital de Clínicas contratos pela EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares compareceram em peso à Assembleia Geral da categoria convocada pelo Sinditest, realizada ontem (19) na sala 2 do anexo B. Em pauta, a ameaça do corte do adicional de insalubridade. Os(as) funcionários(as), preocupados(as), procuraram o Sindicato para que juntos exigissem da gestão do HC um posicionamento oficial sobre o assunto. “No momento não há nenhuma notícia de corte de insalubridade”, afirmou a chefe da Divisão de Gestão de Pessoas Laryssa Martins Born.

Organizados(as), os(as) trabalhadores(as) ocuparam o hall do hospital e solicitaram uma reunião com a administração. “Essa notícia não é oficial. A concessão de insalubridade é feita com base em legislações. Não sei da onde isso saiu. Em conferência, a EBSERH apontou que provavelmente vão ter que ser revistos alguns laudos. Hoje eu não tenho nada oficial para executar essa revisão. Mas, não posso garantir que futuramente ela não venha acontecer”.

De acordo com o representante do SOST – Serviço de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho, departamento responsável pela execução dos laudos, a auditoria que está acontecendo não é vinculada à insalubridade, mas estrutural. “Depois que começou o “zum zum zum” nosso telefone é só corte de insalubridade da EBSERH. Foram mais de 30 ligações. Não tem nenhum documento solicitando corte”, garantiu.
Para Laryssa, tudo não passou de um mal-entendido. No entendimento do Sinditest, qualquer ameaça aos direitos da classe deve ser prontamente esclarecida de forma oficial e democrática. “Essa questão de “disse me disse” preocupa a gente. É um direito que nos é garantido pela Constituição, no próprio edital da EBSERH estava escrito isso. Seja mentira, seja verdade, temos que nos reunir e se organizar”, relembrou um trabalhador.

Representação em Brasília

Foi por unanimidade que a assembleia deliberou também a ida de um funcionário da EBSERH a Brasília, na próxima quinta-feira (26), para participação em uma Audiência Pública sobre a crise dos Hospitais Universitários na Câmara Federal. Sebastião Correa Paz, do SAM 9, vai representar a categoria, que pela primeira vez envia para o debate um representante local.

“Procuramos a Câmara dos Deputados porque a situação dos HU’s é muito preocupante. Defendemos um Projeto de Lei que proteja todos os empregos dentro dos hospitais. Transformaram isso aqui numa “Torre de Babel”. Trabalhadores(as) de vários vínculos fazendo a mesma coisa e com diferença de salário. Só no HC são quatro contratos diferentes, temos que nos unir, nos fortalecer”, explicou o coordenador-geral da FASUBRA, entidade que representa os(as) técnicos(as) administrativos(as) em Instituições de Ensino Superior em todo o país, Gibran Jordão.

Na oportunidade, ele denunciou a tática de desmobilização do atual governo. “Não estão permitindo que a FASUBRA, que é combativa, que defende realmente os trabalhadores, que faz greve e que organiza a classe, participe das mesas de negociação da EBSERH. É muito importante protocolarmos um abaixo-assinado para que voltemos à negociação”. Aprovado, o documento começará a circular nos setores ainda esta semana para ser entregue durante a Audiência na capital federal.

Sindicalização

O Sinditest reafirma que irá defender os direitos dos(as) funcionários(as) EBSERH. Para isso, a filiação é de extrema importância. O Sindicato tem legitimidade para representar a categoria, conforme consta em seu estatuto e também na carta sindical da FASUBRA. Porém, a filiação fortalece a representação. “Tem que ter gente da gente lá dentro do sindicato. Tá na hora da gente se organizar diferente, fazer parte do processo. Não podemos perder nenhum direito”.

“Fazemos o convite para que os trabalhadores e trabalhadoras da EBSERH participem da assembleia do dia 24, que irá definir os delegados e delegados de base que irão para o 23º Confasubra”, enfatizou Max Colares, um dos coordenadores do Sindicato.

O Sinditest está à disposição dos(as) trabalhadores(as) caso aconteçam novas ameaças.

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