Em assembleia realizada na última sexta-feira (18), técnicas e técnicos da base do Sinditest-PR deliberaram pela aprovação do indicativo de mobilização e construção de paralisação da categoria no CHC e na UFPR. Os participantes exigem que o Reitor Ricardo Marcelo atenda em caráter de urgência as pautas locais, apresentadas à gestão da Universidade em março. A questão, que se arrasta há mais de seis meses, resulta do esforço dos TAEs em elencar as suas principais demandas – grande parte delas, promessas de campanha não cumpridas da atual Reitoria.
“Nesses últimos meses o Sindicato vem tentando por todos os meios avançar no processo de negociação. Na iminência de uma paralisação, a Chefia do Gabinete resolveu nos responder às vésperas da assembleia, via ofício, as pautas que estamos cobrando há meses. Estamos cansados de respostas evasivas, de enrolação. As negociações não se convertem em resolver de fato as pautas, tudo se arrasta e no CHC a gestão de pessoas é horrorosa e desumana. Queremos que a gestão da Universidade assuma publicamente e, sobretudo, implemente com urgência as nossas demandas”, afirmou o coordenador Marcello Locatelli.
As trabalhadoras e os trabalhadores também reivindicam mudanças na política de Gestão de Pessoas do CHC, que passam, imprescindivelmente, pela saída da atual Superintendente Dra Claudete Reggiani e de sua equipe.
“Com uma nova gestão temos chances de lutar e avançar nas pautas do CHC, recuperar o respeito e tratamento digno. Há muitos problemas, só nesta assembleia vários relatos de assédio moral e até de desrespeito na concessão do ponto facultativo, algo básico. Somos deixados de lado, o clima está péssimo, não há diálogo com os servidores, a saúde do trabalhador não importa para a gestão do CHC. Estamos cansados. A situação está simplesmente insustentável. Por isso tudo, cresce o Fora Claudete!”, declararam os TAEs na assembleia.
Para a direção sindical, é preciso que outros atores sejam incorporados neste ponto específico para demonstrar a insatisfação com a atual gestão da Reitoria que mantém essa Superintendência que massacra os servidores no CHC.
“Não podemos aceitar essa história de gestão plena EBSERH. Na nossa avaliação, apenas o pessoal do Regime Jurídico Único não vai conseguir mudar a administração do Hospital de Clínicas, por isso precisamos unificar todos os vínculos pra lutar. Por isso, o encaminhamento tirado pelo coletivo foi de construirmos esta luta junto aos demais Sindicatos que possuam alguma representação no hospital, o maior do estado do Paraná”, explicou Locatelli.
Atual presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ricardo Marcelo da Fonseca foi um dos indicados para compor a equipe de transição do governo Lula, eleito nas eleições presidenciais de 2022. A expectativa das técnicas e dos técnicos sob sua alçada é que o Reitor, que ocupa esta posição política, resolva ao menos os problemas que se arrastam dentro da instituição na qual é dirigente máximo, a UFPR.
“A categoria não aguenta mais tanta humilhação, enrolação e promessas não cumpridas”, finalizou Marcello.
Uma nova assembleia será convocada em breve para definição dos próximos passos de ação.