Filiada ao Sinditest, Roseli Aparecida Rocha Prado é nomeada Servidora Emérita da UFPR

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Roseli Aparecida Rocha Prado, técnica de laboratório com mais de 50 anos dedicados à educação e à ciência, tornou-se a primeira mulher servidora técnico-administrativa a receber o título de Servidora Emérita da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O reconhecimento foi concedido em julho durante uma reunião do Conselho Universitário da UFPR. Nascida em Rolândia, Paraná, em 1946, Roseli iniciou sua carreira na universidade em 1967, após se mudar para Curitiba e cursar Técnico em Química Industrial.

Foto: Danielle Salmória/Aspec BL

Roseli dedicou sua carreira ao suporte técnico na UFPR, trabalhando na esterilização de recipientes, preparo de soluções e dando auxílio especializado para professores e alunos de graduação. Mesmo após sua aposentadoria em 1995, continuou a atuar no setor a convite do professor Fábio Pedrosa, integrando um grupo de pesquisa sobre fixação de nitrogênio. Pedrosa destacou que, no Núcleo de Fixação Biológica de Nitrogênio, Roseli comanda com eficiência a produção de meios de cultura, essenciais para a pesquisa, e a manutenção de estirpes de Azospirillum brasilense, de grande importância para a agricultura brasileira.

Ao longo de sua trajetória, Roseli, carinhosamente conhecida como dona Rose, participou de várias transformações na UFPR, incluindo a criação do Departamento de Bioquímica e a transferência do Setor de Ciências Biológicas para o Centro Politécnico. Ela lembra com carinho da chegada da biblioteca de Bioquímica à nova sede, organizada sob a supervisão da professora Glaci Zancan, uma pesquisadora com quem Roseli trabalhou por anos.

Rodrigo Vassoler Serrato, chefe do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, ressaltou o privilégio de trabalhar com Roseli, que continua a contribuir com sua vasta experiência e conhecimento. Thales Cipriani, diretor do Setor de Ciências Biológicas, enfatizou a importância do reconhecimento aos servidores técnicos, como forma de valorizar sua contribuição à universidade.

Além de ter contribuído com a formação de centenas de turmas, Roseli inspirou seus filhos, dos quais dois seguiram carreiras ligadas à UFPR. Viúva, ela criou os filhos sozinha e enfrentou dificuldades comuns às mulheres da segunda metade do século 20. Mesmo assim, desenvolveu uma carreira de sucesso ao lado de colegas como Palmiro Francisco Franco e Marilza Doroti Lamour, com quem compartilhou uma longa amizade.

Disposta e ativa, Roseli não pretende deixar a universidade tão cedo, mesmo após 57 anos de serviço. Ela adora passar tempo com seus nove netos, fazer piqueniques e assistir a doramas, que se tornaram uma de suas paixões recentes.

Admiração dos colegas de trabalho

“Conheci a Roseli Aparecida Prado no início do segundo semestre de 1983, quando ingressei no Departamento de Bioquímica e fui alocado ao laboratório da professora Glaci Zancan como monitor da disciplina de Bioquímica Celular. Embora oficialmente designado como monitor, a professora Glaci me iniciou em um treinamento científico na área de enzimologia.No primeiro dia de laboratório, ela me entregou um protocolo para dosagem de proteína pelo método de Lowry e disse: “Pode ir fazer”. Eu não fazia ideia do que exatamente eu deveria fazer. Seja por instrução da professora Glaci ou por notar que eu estava perdido no laboratório, Roseli veio em meu socorro. O que aprendi pelas mãos da Roseli naqueles meses de iniciação ao laboratório de pesquisa foram fundamentais para minha vida como pesquisador”, disse. “, Roseli é verdadeiramente uma formadora de gerações de pesquisadores e cidadãos comprometidos, patrimônio inestimável da UFPR”, finaliza Emanuel Maltempi de Souza, professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFPR.

“A senhora Roseli Prado sempre foi e é uma pessoa de fácil trato e grande amizade. Em todos estes anos que convivemos, 54 anos, e que acompanhei sua vida profissional na UFPR, só tenho elogios à sua dedicação, pontualidade, responsabilidade, capacidade de organização, pró-atividade e competência”, pontua Pedrosa.

A professora Leda Satie Chubatsu, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFPR, ressalta que é evidente o resultado positivo do convívio que todos têm com a servidora Roseli e a admiração de cada um. “Sua incansável motivação e comprometimento nunca vacilaram. Minha admiração por ela é imensa; ela não apenas auxiliou, mas também cuidou e instruiu inúmeros ‘filhos acadêmicos’ ao longo de seus 57 anos de serviço na UFPR”.

Com informações de Lívia Inácio/Aspec BL e UFPR

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