O estatuto vigente do Sinditest-PR foi criado e aprovado em 2015 após ampla discussão para a melhoria na organização do Sindicato.
O antigo estatuto seguia o modelo criado na era Vargas e reforçado pelos militares na ditadura: era um estatuto típico de uma entidade burocrática, assistencialista, em que um “presidente” aparecia diante da categoria como o “salvador da pátria”, passando a mão na cabeça dos trabalhadores e trabalhadoras enquanto negociava secretamente com a patronal, garantido vantagens para si, para os patrões, e conservando a base afastada de qualquer processo efetivo de participação política.
Com o novo estatuto foi extinta a figura do “presidente ditador” e do “tesoureiro ditador”. O Sinditest passou a ser uma diretoria colegiada, isto é, formada por diretores e diretoras que têm o mesmo poder de voz e voto nas reuniões, sem hierarquia.
Cada diretora e diretor responde por sua coordenação, como por exemplo, coordenação geral, coordenação de comunicação, coordenação de administração e finanças, entre outras. Nossa federação, a Fasubra, é um exemplo de estrutura colegiada. Não há sobreposição ou superpoderes para ninguém.
Também foi instituída a Organização por Local de Trabalho (OLT) para alcançar um modelo onde a base decida mais do que a direção. Portanto, para que as trabalhadoras e trabalhadores passem a ver no Sindicato não a solução milagrosa de todos os seus problemas, mas uma ferramenta para a sua própria luta, é preciso que exista organização de base.
Em cada local de trabalho existem delegadas e delegados sindicais eleitos pelos próprios colegas, e que são a representação da entidade na base. Esses delegados e delegadas sindicais integram um Conselho de Delegados Sindicais, que se reúne periodicamente e determina a linha política do Sindicato.
Nessa estrutura, a diretoria eleita seria apenas um órgão executivo do Conselho de Delegados e Delegadas. Com isso, inverte-se a estrutura de decisão e comando: o Conselho de Delegados e Delegadas decide, a diretoria do sindicato implementa.