Foi positiva a reunião entre trabalhadores(as) da UPME, diretores e diretoras do Sinditest e a diretoria do Hospital de Clínicas. A gestão do HC prometeu, em encontro realizado no início desta semana, dia 07, atender as demandas dos funcionários e funcionárias do setor, que estavam sobrecarregados(as), sofrendo com a falta de pessoal, de equipamentos de proteção e também com os frequentes casos de assédio. As reinvindicações da equipe foram listadas em uma carta entregue à administração do Hospital na última semana.
Entre as novidades que agradaram os técnicos e técnicas esta a mudança da chefia do setor. “Vamos conversar com a nova chefe para tentar solucionar os problemas de assédio. Em 15 dias avaliaremos se só com esta alteração as coisas melhoram. As chefias imediatas e os coordenadores e coordenadoras de equipe também serão reavaliados”, garantiu a gerente administrativa do HC Mônica Evelise Silveira.
Também está em andamento um projeto para que profissionais da FUNPAR, EBSERH e RJU tenham os mesmos direitos e as mesmas condições de trabalho. A biometria, outro assunto prioritário para o grupo de trabalhadores, será discutida em uma próxima reunião, marcada para o dia 14 de agosto. Além disso, um encontro com o SESAO será agendado para possível reavaliação do laudo, abrindo a discussão sobre a possibilidade de considerar a UPME como ambiente de grau máximo de insalubridade para todos os vínculos.
Confira abaixo as principais conquistas dos funcionários e funcionárias da Unidade de Processamento de Materiais Esterilizados do Hospital de Clínicas:
Mais pessoal
Falta gente na UPME. Mesmo com a entrada de novos funcionários no último período, permanece a enorme carência de contingente no setor. A medida apenas amenizou a situação, não sendo suficiente para resolver os problemas de sobrecarga de trabalho que a Unidade exige.
“A demanda de trabalho aumentou no último período com a incorporação da central de materiais do Centro Obstétrico, tendo a UPME que atender toda a demanda do anexo da maternidade”, reclamam.
A demanda dos trabalhadores e trabalhadoras por mais pessoal será avaliada em conjunto com a nova chefia do setor. Por enquanto, continua tudo como está.
Escalas
Escalas de trabalho com muitas folgas durante a semana estavam gerando sobrecarga nos profissionais do setor. Saturados, eles listaram este como um dos principais problemas.
A implantação de escalas diferentes, divididas por equipe, a fim de facilitar a troca de plantão, foi a sugestão dada pela gestão. Nesta dinâmica, uma equipe entra às 12h30, outra às 13 horas e por fim uma às 13h30 – deste modo sempre haverá alguém no plantão durante a troca de funcionários(as).
Rodízio de atividades
Durante o encontro, a equipe da UPME denunciou o descaso da gestão com a implantação de um programa de formação continuada. “O critério para divisão de tarefas é pouco racionalizado, muitas vezes são utilizados critérios muito pessoais ou seletivos, como, por exemplo, mandar para o expurgo quem a chefia quer castigar ou não considera “competente” suficiente para trabalhar em outros postos”, afirmaram os trabalhadores e trabalhadoras.
Para solucionar este grave problema, ficou definido que as funcionárias e funcionários devem apresentar para a nova chefia uma proposta de divisão de tarefas para garantir que todos e todas saibam executar as atividades do setor, respeitando as vontades individuais e coletivas dos(as) trabalhadores(as).
EPI’s
Resolvido o problema da falta de aventais, que terão reposição ativa da lavanderia, e das luvas, que serão adquiridas com urgência. A equipe da UPME ficou responsável ainda por listar os demais itens que estão faltando.
Já a questão dos reparos e manutenção dos equipamentos segue indefinida. “Este é um processo mais difícil, mas a direção está ciente e já está tentando encaminhar”, afirmou Mônica.
Estrutura do local de trabalho
Limpeza da sala também durante o período da noite e sala de descanso com três beliches foram outras conquistas dos(as) trabalhadores(as). Para a gestão a prioridade é tirá-los do chão.
A instalação de mais pontos de ar comprimido no expurgo também será verificada pelo setor de estrutura, o que facilitará o trabalho dos técnicos e técnicas.
Entretanto, o problema da falta de cobertores e toalhas continua sem solução. O Sindicato deverá pensar numa proposta para a direção.
Ponto biométrico
A administração do hospital discute a possibilidade do retorno da hora pré-assinalada de intervalo para resolver os conflitos com o ponto biométrico. Os funcionários e funcionárias reivindicam a instalação de um ponto mais perto do setor para evitar problemas na hora do intervalo.
Estamos de olho
A direção do Sinditest permanece atenta às condições de trabalho da equipe da UPME e cobrará da diretoria do Hospital o cumprimento das promessas firmadas na reunião.
Silvia Cunha,
Assessoria de Comunicação e Imprensa Sinditest-PR