Aos 45 minutos do segundo tempo, faltando pouco menos de um mês para o fim de seu desgoverno, Bolsonaro fez mais um gol contra a educação. Na tarde de ontem (28), durante o horário do jogo da seleção brasileira, mais um ataque às Universidades Federais foi impetrado.
Ao todo, R$ 344 milhões foram bloqueados do orçamento das instituições, inviabilizando a plena manutenção das atividades de ensino, pesquisa e extensão e, sobretudo, o pagamento de despesas fundamentais, como luz, bolsas, empregados terceirizados e fornecedores.
Como se não bastasse este duro ataque, um decreto expedido pelo governo em fevereiro complica ainda mais a situação das Reitorias, já que a legislação (Dec. 10.961, de 11/02/2022, art. 14) determina que as despesas sejam empenhadas até o dia 09 de dezembro – ou seja, daqui 10 dias. Caso este corte não se reverta, será necessário muito malabarismo para adequar os gastos a essa nova realidade orçamentária, muito mais precarizada.
Ao longo de todo o seu mandato, Jair Bolsonaro se apresentou como inimigo declarado da ciência, dos direitos humanos, da educação. Infelizmente, a retirada súbita de recursos se tornou o modus operandi desta gestão, que se esforça para provocar o caos nas Universidades.
Como nos demais episódios, nós do Sinditest-PR nos manteremos firmes na luta, pressionando para que o governo retroceda nesta decisão que só trará prejuízos não apenas para a comunidade acadêmica, que está diretamente envolvida, mas para a sociedade como um todo, que de certa forma se beneficia pelos serviços e produções acadêmicas.