Engenheira de Segurança do Trabalho alerta sobre a necessidade da luta em defesa da vida dos trabalhadores no Dia Nacional da Saúde

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Hoje (05) é celebrado o Dia Nacional da Saúde no país. A data escolhida remete ao dia de nascimento do sanitarista Oswaldo Cruz. Ele foi responsável pelo combate das epidemias de peste bubônica e febre amarela no começo do século XX no país e pela idealização da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que se tornou uma referência no combate da COVID-19. 

No Paraná, 1,3 milhão de pessoas foram infectadas pelo vírus até a última quarta-feira (04), segundo dados do Informe Epidemiológico da Secretaria de Saúde do Paraná. Dentre eles, 24 mil são trabalhadores que desempenham alguma função na área da saúde. A Engenheira de Segurança do Trabalho Vanessa Farias, responsável por prestar assessoria ao Sinditest, chama atenção para a necessidade de valorização dos esforços empreendidos por esses profissionais que atuam na linha de frente, o que infelizmente não acontece. Além do mais, trabalhadores que se ativam no CHC enfrentam cortes de direitos, como o adicional de insalubridade. 

A intensa rotina desses trabalhadores foi potencializada ainda mais com a pandemia. Vanessa observa uma sobrecarga de trabalho e um esgotamento mental de trabalhadores da saúde.

“Quando a pessoa se sente impedida de realizar o seu trabalho como ela sabe que precisa ser feito, como por exemplo, sem ter um equipamento adequado, isso também é uma fonte de prejuízo para saúde mental. Além de problemas na organização do trabalho que expõem os trabalhadores aos agentes insalubres, há um estresse generalizado após mais de um ano de combate à doença pandêmica em meio a uma crise sanitária, econômica, política e ambiental que vive o país.”

Do ponto de vista da saúde do trabalhador, a engenheira avalia que o cenário ideal é que os trabalhadores assumam o controle sobre as condições e ambiente de trabalho, em uma busca torná-los “mais saudáveis”. “É uma lástima que nós em pleno 2021 tenhamos que discutir que os trabalhadores precisam receber pelo seu adoecimento, ao invés de buscar dignas condições de trabalho, e ao invés de serem reconhecidos pelo papel que cumprem na atualidade, têm de resistir a retirada de direitos. Sobretudo, vemos como imprescindível e urgente incorporar a atuação dos trabalhadores, em ouvi-los como se sentem em relação ao seu trabalho e o que precisa ser mudado, para tentar construir um ambiente menos insalubre para a categoria”.

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