A última quinta-feira (1º) foi um dia de construção coletiva e empoderamento para as mulheres da categoria na região Oeste do estado. O Encontro de Mulheres do Sinditest-PR em Foz do Iguaçu foi o primeiro de uma série de eventos regionais que irão discutir as vivências das trabalhadoras.
A atividade foi realizada na Unila. As TAEs da Universidade compareceram em peso, assim como trabalhadoras de campi da UTFPR e da UFPR da região.
O Encontro foi repleto de atividades artísticas e culturais, e rodas de conversa sobre temas como exploração da força de trabalho, lideranças femininas e mulheres na universidade.
Para a diretora do Sinditest-PR Rosemeire Souza, os debates sobre a luta das mulheres por direitos e igualdade, e como essas pautas se aplicam ao dia a dia das técnicas, foi muito produtivo.
“Não temos como desassociar nossas identidades como mães, mulheres, filhas e trabalhadoras. Não equilibramos todas essas características porque somos supermulheres. Somos apenas pessoas e estamos buscando uma sociedade melhor. Hoje, queremos desmistificar muitos dos conceitos em torno do feminismo, e das lutas que deveríamos simplesmente ver com naturalidade e respeito”, explicou Rosemeire.
Jornada
O acúmulo de jornadas é, justamente, um dos principais pontos de desequilíbrio nas rotinas das mulheres brasileiras. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as trabalhadoras gastam 72% de tempo a mais que seus parceiros na realização de tarefas domésticas.
Isso acontece por causa da visão machista da sociedade, de que os cuidados com o lar e os filhos são atribuição apenas das mulheres, os homens tendem a não assumir essas responsabilidades. O resultado é que aquelas que trabalham fora acabam tendo uma dupla jornada – em seus empregos e em suas casas.
Como se não bastasse, toda essa sobrecarga de tarefas vem acompanhada de muitas discriminações no ambiente de trabalho, como assédio moral e sexual, interrupções, humilhações, piadinhas machistas, e dificuldade para chegar a cargos de chefia, apenas para citar algumas.
Para a diretora do Sinditest-PR Rosmara Pereira, um dos pontos altos do evento foi o incentivo para que mulheres ocupem lugares que, em tese, não foram criados para elas.
“A trabalhadora tem que ter ciência que possui esse poder de ocupar espaços que não são comuns a ela. Estamos aqui para garantir nossos direitos, que conquistamos com muito esforço, e para mantê-los, com ainda mais luta e mudança de atitude”, ressaltou Rosmara.
Para a diretora do Sinditest-PR, Daiane Carolina Paulino, esse encontro de mulheres é um novo marco na organização e mobilização das mulheres das universidades federais do Oeste. “Pela primeira vez reunimos as trabalhadoras TAEs e terceirizadas das universidades para mostrar que a nossa luta é a mesma, em locais e cargos diferentes, mas enfrentamos diariamente os mesmos obstáculos. Mostramos também que a batalha é árdua e contínua em todos os lugares. Esse dia serviu para termos a certeza de que juntas somos mais fortes, juntas somos melhores”, concluiu.
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Encontro de Mulheres do Sinditest-PR na região Oeste debate desigualdade e conjuntura
A última quinta-feira (1º) foi um dia de construção coletiva e empoderamento para as mulheres da categoria na região Oeste. O Encontro de Mulheres do Sinditest-PR em Foz do Iguaçu foi o primeiro de uma série de eventos regionais. Confira como foi:
Posted by Sinditest-PR on Tuesday, August 6, 2019
Fonte: Sinditest-PR
