Em reunião de negociação da pauta local na tarde desta quinta-feira, 16, a reitoria da UFPR ouviu dos grevistas as sugestões de mudanças na resolução 56/11, que instituiu a jornada de 30 horas na universidade. As propostas de alterações foram aprovadas em assembleia da categoria na última terça-feira.
Dentre as mudanças sugeridas estão a retirada do documento da menção explícita ao ponto eletrônico, a admissão da possibilidade das 30 horas para servidores que exercem função gratificada e a reestruturação da comissão de implementação da jornada flexibilizada, para que ela conte com representantes eleitos pelos servidores. O ponto considerado mais importante pelo comando local de greve, no entanto, é o reconhecimento de que a jornada de 30 horas diz respeito a todos os técnicos administrativos da universidade e não é uma decisão que cabe às chefias imediatas. A reivindicação dos grevistas se baseia em uma nota técnica emitida pela Fasubra, a federação nacional que reúne os sindicatos da categoria, sobre o decreto 15/90. “Não faz sentido ficarmos discutindo se cada portinha da universidade vai ou não vai ter 30 horas. É um debate inócuo”, defendeu o diretor do Sinditest-PR Marcos Palmares diante dos representantes da reitoria, os pró-reitores Edelvino Razzolini Filho e Larissa Born, de Administração e Gestão de Pessoas, respectivamente. Eles ficaram que avaliar a nota emitida pela Fasubra. O ponto deve voltar à mesa na próxima reunião de negociação, na quinta, 23.
O comando local de greve também pediu para que o reitor Zaki Akel Sobrinho reitere oficialmente que considera legítima a jornada de 30 horas dentro do Hospital de Clínicas. Para os grevistas, isso pode ser um instrumento para enfrentar as pressões que os trabalhadores do hospital têm recebido da Ebserh. “Quando o reitor reafirma isso, o trabalhador que está com o chicote da Ebserh nas costas tem uma esperança. Nós ganhamos um argumento, um meio que negociar com as chefias”, explicou Palmares.
Sandoval Matheus,
Assessoria de Comunicação do Sinditest-PR.