O dia 15 de maio de 2019 está sendo uma data de mobilização e luta em todo o Brasil!
A Greve Nacional da Educação suspendeu as atividades em instituições de ensino e levou multidões para as ruas em todo o país, em protesto contra os desmontes orquestrados pelo Governo Federal. No Paraná, os servidores técnico-administrativos da UFPR, UTFPR, Unila e Hospital de Clínicas também somaram forças ao movimento.
A paralisação foi uma resposta direta ao bloqueio de recursos destinados a despesas básicas nas universidades federais, feito para impossibilitar o prosseguimento das aulas, pesquisas e demais atividades. O governo deixou claro que os cortes tiveram motivação ideológica, e são uma retaliação contra um espaço que é marcado pela liberdade de pensamento e de expressão.
Assista a reportagem para conferir os detalhes:
Para o coordenador-geral do Sinditest-PR Daniel Mittelbach, a adesão da categoria foi muito importante porque a comunidade acadêmica precisa se unir e trazer o restante da sociedade para construir uma defesa conjunta das universidades públicas. “Paralisamos nossas atividades hoje e participamos dos atos em todo o estado porque a universidade é de todos nós. Esperamos que essa manifestação seja uma grande preparação para a Greve Geral do dia 14 de junho, que irá reunir toda a classe trabalhadora contra a retirada de direitos”, salientou.
Em Curitiba, mobilização começou logo cedo
O frio e a garoa não foram suficientes para diminuir o comprometimento do povo paranaense com a defesa da educação pública. Às 8h, a Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, já acumulava representantes de entidades sindicais e movimentos sociais, trabalhadores de todos os níveis de ensino, estudantes e outros setores da sociedade que estão dispostos a enfrentar os ataques à educação pública.
Rapidamente, a quadra foi tomada por manifestantes que seguravam cartazes e distribuíam panfletos e adesivos que reforçam a mensagem de defesa da educação e da ciência e tecnologia.
Uma grande bandeira do Brasil com frases em prol de um ensino público de qualidade foi estendida nas escadarias do Prédio Histórico da UFPR. O ato foi um marco importante, simbolizando a retomada de um símbolo nacional que vem sendo utilizado por setores autoritários para justificar retrocessos e comportamentos antidemocráticos.
Os TAEs compareceram em peso, expressando sua defesa das universidades públicas. “Estou aqui hoje como trabalhadora do Sistema de Bibliotecas da UFPR e como ex-estudante da Universidade. Estamos respondendo ao discurso da violência. Quem está do lado das armas não defende a educação”, afirmou a diretora do Sinditest-PR Rosilei Vilas Boas.
Mesmo quem não pôde paralisar suas atividades manifestou apoio à mobilização. Durante todo o período de concentração, trabalhadores terceirizados da UFPR acompanharam o ato pelas janelas do Prédio Histórico.
Da Santos Andrade, a multidão seguiu em caminhada até o Centro Cívico, onde se localiza o Palácio Iguaçu, sede do governo do estado.
Ainda há tempo de se mobilizar!
O tsunami da educação – como o movimento vem sendo chamado nas redes sociais – ainda não acabou! Até o fim desta quarta-feira (15), atividades ainda serão realizadas na capital.
Às 15h e às 17h30, novos atos irão acontecer na Praça Santos Andrade. Já a partir das 18h, um grupo de ex-alunos da UFPR irá realizar uma manifestação no pátio da Reitoria.
Participe e mostre a força da luta coletiva pela educação pública brasileira!
Fonte: Sinditest-PR