Em Foz do Iguaçu, todas as categorias que aderiram à Greve Geral se concentraram no Zoológico Bosque Guarani, logo no início da manhã da sexta-feira (14).
Em dia de mobilização nacional, os TAEs da Unila se somaram ao movimento, convocado para barrar a Reforma da Previdência. Além do direito à aposentadoria, os servidores da Universidade também saíram em defesa da educação pública.
As duas pautas estão diretamente relacionadas, já que o Governo Federal tem condicionado o retorno do orçamento bloqueado em instituições federais de ensino à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, que destrói a Previdência Social no Brasil e condena os trabalhadores a um futuro de incertezas.
Durante a concentração, os manifestantes em Foz também levantaram outras bandeiras, como a luta contra a flexibilização da posse e do porte de armas e a reivindicação de políticas públicas para conter o desemprego.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o primeiro trimestre do ano terminou com mais de 13 milhões de pessoas sem fontes formais de renda no país. O número de trabalhadores com carteira assinada no Brasil é o menor desde 2012, quando esse dado passou a ser aferido pelas pesquisas. O Governo Federal, no entanto, não tem se preocupado em construir nenhum projeto para reverter essa situação.
Caminhada pelo centro da cidade
Por volta das 10h30, o ato seguiu pela Avenida Brasil até a Câmara Municipal e retornou ao Bosque Guarani pela Avenida Juscelino Kubitschek. A manifestação denunciou o grande desmonte que está em curso no país, afetando direitos trabalhistas e constitucionais – incluindo saúde e educação pública.
Na região Oeste do estado, o dia de Greve teve grande adesão da categoria e acompanhou o movimento que fez milhões de pessoas não comparecerem aos seus locais de trabalho em mais de 300 cidades brasileiras. A luta para barrar a Reforma da Previdência é unificada e está cada vez maior.
Repressão
Manifestantes que protestavam em frente ao Terminal de Transporte Urbano (TTU), em Foz, foram duramente agredidos pela Polícia Militar nesta manhã, que usou bombas de gás lacrimogêneo e golpes de cassetete para tentar dispersar o ato.
Um professor da rede estadual foi preso, e uma professora da Unila foi atingida no pescoço por uma bala de borracha. A docente foi socorrida pelo Samu e encaminhada ao hospital, mas passa bem. Um trabalhador também foi ferido na perna.
O Sinditest-PR manifesta solidariedade a todos que foram vítimas da truculência das forças de segurança pública enquanto exerciam seu direito à livre manifestação.
O sindicato repudia a intervenção desproporcional da Polícia Militar, que já exibe um padrão de criminalização e repressão violenta a atos populares. É inadmissível que trabalhadoras e trabalhadores sejam alvo de intimidação em espaço público, sobretudo quando não há sequer uma tentativa de diálogo.
Por fim, a entidade exige que o caso seja devidamente investigado e que a reação covarde e desmedida contra cidadãos não fique mais uma vez impune.
Fonte: Sinditest-PR