Desde a semana passada, a categoria dos técnicos-administrativos do Hospital de Clínicas está estarrecida e preocupada com a decisão da superintendência do HC, expressa na circular nº 02/2018, que veta as APH’s e Horas Extras para quem realiza a jornada flexibilizada de 30h no hospital. Segundo a circular assinada pela Chefe da Divisão de Pessoas – Laryssa M. Born – só poderiam fazer os APH’s e Hora extras os(as) trabalhadores(as) que desistissem da jornada de 30h, ou seja, que assinassem um termo se submetendo a jornada de 40h semanais.
No entender da direção do sindicato e da categoria, as 30 horas são uma conquista histórica, fruto de muita luta por mais direitos, melhores condições de trabalho e vida. Neste sentido, o Sinditest tem por princípio a defesa intransigente da jorna flexibilizada e orienta a todos os trabalhadores e trabalhadoras a NÃO ASSINAREM o termo de desflexibilização proposto pela Superintendência.
Depende do Reitor
Ainda nesta assembleia, foi eleita uma comissão de trabalhadores do Hospital de Clínicas para participar de reunião COM MÁXIMA URGÊNCIA com a Reitoria e a Direção do Hospital e reivindicar a revogação imediata desta normativa do Recursos Humanos do HC.
Pela base: Wanda, do Almoxarifado, Maria Marques, da Quimioterapia, Adriana Murakami, da Neurologia, Maria do Rocio Muller, do Centro Cirúrgico, e Rossiley Oliveira Barbosa, da Clínica Médica Masculina, integram a comissão. Pela Direção do Sinditest: Max, José Carlos e Youssef. Pela representação dos servidores técnico-administrativos no Coun: Mariane e Hildete.
Parecer Jurídico
A assessoria jurídica do Sinditest, representada pelo escritório Trindade e Arzeno, esteve presente à assembleia para esclarecer que a orientação de desflexibilizar a jornada é um entendimento político da direção do HC.
Segundo o advogado Marcelo Trindade, o Tribunal de Contas da União não emitiu nenhuma determinação direta para a UFPR. A Superintendência optou por pressionar os trabalhadores(as) a desflexibilizar suas jornadas como forma de baratear a mão de obra e reduzir custos para o governo.
Na última sexta-feira (3), a direção do HC soltou uma resolução orientando a assinatura de um termo abrindo mão da jornada de 30h a quem quiser fazer APHs e horas extras. A alegação foi de que o TCU considera enriquecimento ilícito. “Só com a força da nossa categoria vamos conseguir mostrar para a administração que não vamos aceitar a desflexibilização e a jornada de 40h”, afirmou o coordenador de Administração e Finanças do Sinditest, Max Colares.
Youssef Ali, coordenador de Organização por Local de Trabalho (OLT), lembrou que a atual chefe da divisão de Recursos Humanos, quando estava na Progepe, também encabeçava ataques aos(as) trabalhadores(as). “Quem formula essas políticas têm nome e sobrenome, e é Laryssa Born. Fora Laryssa! Trinta horas fica, Larissa sai!”.
“Quem assinar o termo das 40 horas vai estar dando um tiro no pé e abrindo mão de uma conquista histórica da categoria. Se muitos(as) assinarem, corremos o risco de a direção suspender as 30 horas de todos os(as) trabalhadores(as)”, alertou José Carlos de Assis, coordenador geral do Sinditest.
Encaminhamentos
Na assembleia, foram aprovados os seguintes encaminhamentos:
– Defesa das 30 horas para todos(as) trabalhadores(as) do HC;
– Orientar os trabalhadores(as) a não assinar o termo das 40 horas e não fazer APHs;
– Chamar uma reunião com representantes da Reitoria, Direção do HC e comissão aprovada em assembleia para tratar do tema em defesa das 30h;
– Divulgar materiais de campanha e realizar reuniões nos setores para debater, esclarecer e mobilizar resistência em defesa das 30 horas.
– Encabeçar campanha “30 HORAS FICA! LARYSSA SAI! 40 HORAS NUNCA MAIS”!