Ebserh entra em lista de empresas públicas que podem ser privatizadas

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A Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento, do Ministério da Economia, foi criada para acabar com o patrimônio nacional e colocar empresas estatais nas mãos do mercado, subvertendo seu caráter social.

Recentemente, o órgão divulgou uma lista de todas as empresas que devem ser rifadas e retiradas das mãos do povo nos próximos meses. Entre 131 estatais que o Governo Federal planeja privatizar, figura o nome da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares — a Ebserh.

A Ebserh é hoje uma empresa pública de direito privado, que enfrenta problemas estruturais e de gestão desde sua criação. O legado da administração de hospitais universitários nesse modelo até agora é de descaso com a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), reajuste salarial nulo para os trabalhadores e a tentativa de retirar benefícios e auxílios.

Agora, com o aprofundamento dessa política no novo governo, o gerenciamento das instituições que estão sob o guarda-chuva da empresa poderá ser totalmente voltado ao lucro. Isso irá representar uma perda irreparável para os trabalhadores e para os usuários dos hospitais universitários.

Prejuízos enormes para os trabalhadores e para a população

A consequência mais imediata é que os HUs passem a priorizar ou atender exclusivamente planos de saúde e pacientes particulares, prejudicando a grande parcela da sociedade que depende de atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente dos procedimentos de média e alta complexidade, áreas nas quais os hospitais universitários se destacam.

Na esteira do retrocesso, as condições de trabalho iriam piorar ainda mais. Seria o fim definitivo da carreira pública nos hospitais, e os trabalhadores passariam a se submeter a lógica empresarial e hierarquizada de contratação e dinâmicas de trabalho.

A gestão privada dos hospitais universitários certamente afetaria os servidores concursados, com aumento da pressão sobre os TAEs e de práticas de assédio moral.

Por fim, a medida também afetaria o caráter educativo dos HUs, já que a conexão das instituições com a comunidade acadêmica e com o tripé de ensino, pesquisa e extensão não cabe nos interesses utilitaristas do mercado, que trabalha apenas em prol do próprio lucro e nunca em favor da população. O impacto negativo a longo prazo na sociedade seria gigantesco.

O Sinditest-PR vê a luta contra a privatização da Ebserh como uma bandeira primordial dos servidores técnico-administrativos.

A mobilização pelas condições de trabalho dos funcionários da Ebserh e pela isonomia de direitos para os trabalhadores da empresa ganha ainda mais força diante da ameaça de privatização definitiva.

É hora de todos os servidores técnico-administrativos unirem força e se somarem à luta dos trabalhadores da Ebserh!

Fonte: Sinditest-PR

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