Dia Nacional de Luta: base discute jornada flexibilizada na UTFPR

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Trabalhadores e trabalhadoras da base do Sinditest mostraram força e unidade em defesa da manutenção e ampliação da jornada flexibilizada nas Universidades. Na tarde de ontem (07), servidores(as) da UFPR, UNILA e UTFPR estiveram reunidos em assembleia cujo principal ponto de pauta era as 30 horas.  A atividade, realizada na Universidade Tecnológica, campus Curitiba, fez parte da programação do Dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público, convocada pelo FONASEFE- Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais.

Na ocasião, os(as) trabalhadores(as) puderam trocar experiências, ouvir os informes sobre a situação da jornada em cada instituição e assim fortalecer a luta. A assembleia deliberou ainda um dia de paralisação para os técnicos e técnicas da UTFPR. A ideia é que a categoria paralise suas atividades em 22 de junho, dia em que o COUNI se reúne novamente para apreciar a questão das 30 horas. A data coincide também com um dos jogos da seleção brasileira pela Copa do Mundo.

“Marcar o Conselho em dia de jogo é uma estratégia para desmobilizar a categoria. Cada campus está organizando caravanas. O pessoal do interior já vem se mobilizando para isso e nós de Curitiba vamos engrossar o caldo”, afirmou o coordenador do Sinditest Carlos Pegurski.

Claudia Nardin, coordenadora do Sindicato, completou: “isso vai ser sempre uma briga. Sozinho a gente não consegue nada, vamos precisar de muita mobilização. Não vamos perder essa conquista. Não pense que este é o ultimo ataque. Esse é o divisor de águas da nossa categoria. Precisamos fazer acontecer nesse dia”.

Reitoria não comparece à Assembleia

A Reitoria convocada a prestar esclarecimentos sobre as 30 horas não respondeu o ofício e nem enviou representantes para dialogar com a categoria. Indignados, os trabalhadores e trabalhadoras não deixaram por menos e foram em bloco exigir que fossem atendidos.

Na ausência do reitor Luiz Alberto Pilatti, que está em viagem ao exterior, e da vice-reitora Vanessa Ishikawa Rasoto, que se encontrava em visita externa, o encarregado em receber o grupo foi o professor Paulo André de Camargo Beltrão, Assessor de Desenvolvimento Acadêmico.

Na lista de reivindicações dos(as) servidores(as), está a confirmação da data da próxima sessão do COUNI, além de uma resposta para o pedido de vista do processo, solicitado dentro do prazo legal e sequer apreciado pelo Conselho. Os trabalhadores e trabalhadoras pedem ainda para que o conceito legal do que é público seja o mesmo da lei da categoria. “Queremos sair daqui com esses compromissos da Reitoria”.

“O que eu posso fazer é pegar essa solicitação e passar para ele (Pilatti). No momento eu não sou nem mesmo Conselheiro que pudesse fazer algum tipo de interferência nesse processo. Não acompanho esse tema nem como Conselheiro nem como representante da Reitoria”, se esquivou Beltrão.

Dossiê

A luta pelas 30 horas na UTFPR continua com uma série de ações sendo articuladas. Hoje (08), delegados de base e diretores do Sindicato deram início à produção de um dossiê a ser entregue aos conselheiros. O documento contempla, além da argumentação jurídica, o relatório de flexibilização da jornada da Universidade Federal do Amapá, considerado um modelo para as demais instituições e a jurisprudência do CEFET de Pelotas, no Rio Grande do Sul, instituição que ganhou no STF o direito de flexibilizar a jornada.

Aula Pública

Ainda sobre o Dia Nacional de Lutas, a programação da tarde prosseguiu com uma aula pública na UFPR promovida pelo Sinditest, APUFPR e DCE. Representantes das três categorias discutiram as principais bandeiras de defesa da educação perante os ataques do governo Temer.

O delegado de base Marcello Locatelli representou os técnicos e técnicas na mesa. “A classe trabalhadora não está derrotada. As lutas ocorreram. Governar para burguesia não serve para classe trabalhadora. Dependemos de um movimento de ampla envergadura”, declarou na análise de conjuntura.

 

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