Dia dos Povos Indígenas: conheça mais sobre a história do país

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Nesta quarta-feira, dia 19, é celebrado o Dia dos Povos Indígenas. A data carrega a  memória dos povos originários e a história do Brasil, que precisa ser lembrada e ensinada nas escolas de modo efetivo. O dia de hoje não é uma festividade para pinturas no rosto e fantasias estereotipadas, é um momento para reflexão sobre a diversidade, a resistência e a ancestralidade indígena no país.  

Em 1500, ano da invasão portuguesa, estima-se que havia cerca de 3 milhões de habitantes no Brasil, segundo dados da Fundação Nacional do Índio (Funai). A partir da colonização, deu-se inicio ao genocídio que perdura até os dias de hoje. Milhares de homens, mulheres e crianças foram violentadas e mortas. Hoje, o número de indígenas no país é de 897 mil pessoas, de acordo com o Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, a população  originária no país foi arbitrariamente reduzida em mais de 30%. 

População indígena no país por períodoFonte: FUNAI

Genocídio e resistência indígena 

Duzentos anos se passaram desde o fim da colonização portuguesa e os povos indígenas ainda precisam lutar pela existência e para manter viva a herança cultural, que hoje resiste em mais 300 etnias e 274 línguas.  Contudo, as investidas do governo atual têm agravado cada vez mais esta situação.

O número de indígenas assassinados no país cresceu 61%, em 2020, segundo relatório do Conselho Missionário Indigenista (Cimi). Foram 182 vidas perdidas, além das invasões de terras e ameaças por fazendeiros, grileiros, garimpeiros e madeireiros, e a violência institucionalizada de Bolsonaro. 

Em campanha, o presidente já havia prometido que em seu governo “não vai ter um centímetro demarcado para reserva indígena ou para quilombola”, e desde a posse, a demarcação de terras indígenas está estagnada. Ele também é favorável e promove políticas de expansão do agronegócio e o garimpo nestes espaços, deixando não apenas a população indígena em situação de vulnerabilidade, como também violando o meio ambiente. 

“A política de Jair Bolsonaro é uma política de morte, uma política que criminaliza e coloca à margem da sociedade os povos originários. Enquanto Sindicato, é nossa obrigação a luta para que nenhum direito, de nenhuma pessoa, seja infringido. Acreditamos também que já passou da hora da nossa categoria ser mais plural também, no sentido de incluirmos mais diversidade étnica no funcionalismo. A luta dos indígenas deve ser abraçada por todo mundo”, ressalta Mariane Siqueira, coordenadora geral do Sinditest-PR.

Aos TAEs, estudantes e docentes indígenas, toda a nossa solidariedade, respeito e carinho!

 

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