O fantasma da privatização nunca esteve tão próximo das universidades e institutos federais do Brasil.
A cartilha foi seguida à risca: primeiro, o governo Bolsonaro sufocou o financiamento das universidades com o corte orçamentário de 30%, inviabilizando até mesmo o funcionamento de algumas instituições. Na sequência, editou medidas que atacaram a autonomia universitária.
Agora, ele praticamente impõe a lógica privada por meio do Future-se, alegando que o projeto é a única saída possível para essa situação!
Técnicos administrativos, docentes e estudantes de todo o Brasil estão se mobilizando contra mais esse que é o maior ataque ao caráter público e à função social das universidades federais.
O governo Bolsonaro não pode simplesmente entregar o ensino e a ciência, patrimônio público do povo brasileiro, às grandes empresas.
E nem entregar os servidores às organizações sociais (OS), submetendo os TAEs à lógica de assédio moral que é ainda pior sobre os contratos precarizados.
A luta é agora!
Se for aprovado, o Future-se vai implementar um modelo de gestão atravessada, anti-democrática, sem transparência e unicamente mercadológica nas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).
A administração terceirizada criará uma estrutura burocrática que, comumente, é recheada de casos de nepotismo, desvio de verba ou corrupção.
Subordinada aos interesses das empresas, a comunidade acadêmica não terá nenhuma voz nas decisões sobre o futuro das instituições, o que fere diretamente a autonomia universitária garantida pela Constituição Federal.
Além disso, os técnicos administrativos e os docentes responderão diretamente às Organizações Sociais, pessoas jurídicas de direito privado que ficarão responsáveis pela gestão de toda a universidade. E as OS poderão fazer contratações sem concursos públicos. Será o começo da extinção do Regime Jurídico Único (RJU).
Não há dúvidas de que esse modelo de gestão irá se basear, também, na perseguição ideológica e política daqueles que discordarem das diretrizes mercadológicas da educação.
Enfim, não há uma só pessoa que ganhe com isso, a não ser, claro, os megaempresários. A sociedade vai perder.
Até os hospitais universitários (HC-UFPR) passarão a atender planos de saúde privados com a alteração da lei da Ebserh.
E a extensão será deixada de lado. O Future-se nem chega a citar a extensão universitária.
Por isso, o Sinditest-PR convoca os servidores técnico-administrativos para se somarem às mobilizações da Greve Nacional da Educação no próximo dia 13, terça-feira!
É hora de parar o Brasil novamente e impedir que o nosso patrimônio público e científico seja doado aos interesses privados!
Serviço
Ato da Greve Nacional da Educação em Curitiba
Data: 13 de agosto
Local: Praça Santos Andrade
Horário: 18h
Fonte: Sinditest-PR