Foram eleitos(as) sete delegados(as) de base para a plenária da FASUBRA dos dias 2,3 e 4 de março, em assembleia geral realizada na manhã desta sexta-feira (23), no pátio da Reitoria da UFPR. Duas chapas disputaram os votos. A chapa 1 obteve maioria, elegendo os(as) delegados(as) Carla Cobalchini, Mariane Siqueira, Rafael Krasota e Guilherme Ruthes. A chapa 2 irá levar os(as) delegados(as) Olivir Freitas, Daniel Mittelbach e Cláudia Nardin.
Conjuntura
Na ocasião, o Sinditest promoveu um debate sobre a atual conjuntura política, com a participação do técnico Marcello Locatelli, da CSP-Conlutas. Apesar da relativa vitória da retirada da Reforma da Previdência do calendário de votação, o momento não está para celebrações.
Marcello fez uma retrospectiva da crescente onda de retrocesso e retirada de direitos que vem se avolumando desde o golpe parlamentar que retirou a presidente Dilma Rousseff do poder. “O impeachment foi um marco político que mudou a correlação de forças entre a classe trabalhadora e a classe dominante. A partir dele, veio a ofensiva de um programa que tem tudo a ver com o que vem sendo aplicado. Tivemos a PEC 55, a lei da terceirização, a Reforma Trabalhista, além do aumento da entrega do patrimônio público, com as questões relativas ao petróleo e ao pré-sal”, resumiu.
Com tudo isso, a classe trabalhadora vem perdendo direitos e conquistas sociais. Soma-se ao quadro a atuação do Judiciário, que está fazendo um papel político – na condenação de Lula, no cerceamento do direito de greve e salvando Temer de ser julgado, por exemplo – e o atual Estado de exceção, em que se governa numa situação de anormalidade, sem o apoio nas instituições democráticas. A intervenção militar no Rio de Janeiro é só uma amostra do que pode vir, caso a extrema direita se fortaleça ainda mais, alertou.
Diante deste cenário, os trabalhadores e trabalhadoras devem se unir através das lutas que têm em comum, afirma a coordenadora de Comunicação e Imprensa Carla Cobalchini.
“Nós precisamos construir juntos um plano novo, para sair da retaguarda, sair da defensiva. Sem a ilusão de que virá uma resposta pronta do processo eleitoral, de que as eleições para presidente vão resolver a nossa vida enquanto servidores públicos. Precisamos fortalecer os espaços de discussão e as assembleias, para que todo mundo se coloque na luta. Nenhuma luta será vitoriosa se for pela metade”, disse Carla.
Dia da mulher
A direção do Sinditest convidou os trabalhadores e trabalhadoras para a reunião de organização do III Encontro de Mulheres do Sinditest, no dia 7 de março, às 10h, na sede administrativa. No dia 8, para marcar a data internacional de lutas feministas, haverá um ato do qual participação o Sindicato e também a CSP-Conlutas, a partir das 16h30, na Praça da Mulher Nua.