Nas últimas semanas, grande parte da base do Sinditest recebeu a 1ª dose da vacina contra a COVID-19. Tanto as trabalhadoras e trabalhadores lotados no Hospital de Clínicas, quanto aqueles e aquelas que atuam nas Universidades, foram incluídos nos grupos prioritários e, portanto, devem estar, neste momento, parcialmente imunizados. No entanto, mesmo assim, é necessário que os cuidados com o coronavírus permaneçam. Isso porque os imunizantes atingem a eficácia máxima somente com o esquema vacinal completo, composto pelas duas doses, com exceção da vacina da Janssen, de dose única. A imunidade da vacina contra a covid-19 divulgada pelos fabricantes é alcançada 14 dias após a aplicação da segunda dose.
Em entrevista para a revista Veja Saúde, a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, explica que os testes clínicos para as vacinas disponibilizadas no país foram realizados tendo como parâmetro duas doses. “Se você não tomar a segunda, vai ficar com uma proteção que a gente não sabe qual é nem quanto tempo dura”, reforça a especialista. A mesma recomendação é endossada pelo Ministério da Saúde, que orienta que as pessoas que perderam o prazo para a segunda aplicação, a façam mesmo assim.
“Sabemos que muitos colegas TAEs se sentem seguros só com a primeira dose, mas não é o momento de relaxar nos cuidados básicos, como o uso de máscaras, de álcool gel e a necessidade de distanciamento social. Infelizmente a pandemia não acabou e novas variantes estão surgindo, com cepas cada vez mais agressivas. Mais do que nunca a prevenção fará toda a diferença, isso salva vidas”, afirma Elis Regina Ribas, coordenadora do Sinditest.
Além disso, para que a pandemia comece a ser controlada é necessário, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, que a vacinação alcance cerca de 70% da população – hoje apenas 13% das brasileiras e brasileiros estão completamente imunizados, números baixos se comparados a outras países da região, como Chile e Uruguai. Vale lembrar que pessoas vacinadas podem continuar transmitindo o vírus.
“Temos consciência que houve pouco esforço do governo federal para que a vacinação avançasse no país. Tão perigoso quanto o vírus, é o governo de Jair Bolsonaro, que tem promovido mortes e desinformação. Vamos, enquanto cidadãs e cidadãos conscientes, fazer a nossa parte, mas não podemos deixar de atribuir ao governo a sua parcela de culpa pelo desastre que tem sido a gestão da pandemia”, ressalta Elis.
#ForaBolsonaro
No próximo sábado, dia 24 de julho, novos protestos pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro serão realizados em todo o Brasil. Os atos estão sendo organizados pelas Centrais Sindicais, partidos políticos, movimentos sociais e demais setores da sociedade. O Sinditest orienta a sua base que fortaleça o movimento participando dos eventos em suas respectivas cidades. Além do #ForaBolsonaro, as mobilizações têm como bandeira de luta vacina para todas e todos, auxílio emergencial digno de R$600, contra a Reforma Administrativa e às privatizações. Os horários, bem como os locais onde acontecerão os protestos, serão divulgados em breve.