A próxima sexta-feira (11) é decisiva para os trabalhadores e trabalhadoras da UTFPR. É quando o Conselho Universitário da instituição (COUNI) aprecia o relatório da PROJU sobre a flexibilização da jornada. Direto de Poços de Caldas (MG), delegados e delegadas da UTFPR eleitos para o 23º CONFASUBRA fazem um chamado à categoria: “30 horas não é regalia! É um direito!”.
Para Carlos Pegurski, um dos coordenadores gerais do Sinditest, é preciso que a base esteja atenta e compareça a esta sessão do Conselho, marcada para às 9 horas em Curitiba. “O Parecer diz que tem problema no trabalho da comissão. Este entendimento está sendo desrespeitado pela Reitoria. Queremos saber qual é o problema, se lá em 2012 ele era favorável e garantia legalidade. Nesse meio tempo não mudou a lei, não mudou o regulamento, não mudou nada. O que está acontecendo? Quem mudou de posição foi a Reitoria. Nós não vamos admitir retrocessos no nosso direito”.
CPF na reta
Com medo, Conselheiros(as) justificam o voto contra as 30 horas utilizando o velho argumento do “CPF na reta”. Carlos é didático: “a lei da nossa categoria diz que o público são todos os públicos: internos, externos, diretos e indiretos. Isso a gente não inventou, está na lei da nossa categoria. O seu CPF só vai ficar na reta votando contra o que está no papel”.
Eficiência e eficácia das 30 horas
A eficiência da flexibilização da jornada é sempre questionada pela Reitoria. Este argumento é facilmente desmontado pelos técnicos e técnicas, que justificam: “nós ampliamos o atendimento ao público em quatro horas na Universidade sem ter a ampliação do quadro dos servidores técnicos administrativos. Quem está ganhando são os usuários e a instituição”.
“Perdendo as 30 horas quem perde é a comunidade universitária. O horário de almoço é prejudicado bem como o horário noturno. Não haverá mais atendimento entre o final da tarde e a noite. Volta-se a fazer o horário comercial e as oito horas”, alerta Claudia Nardin, coordenadora do Sindicato.
30 horas é qualidade de vida
Outro ponto importante que justifica a permanência e ampliação das 30 horas é a qualidade de vida que este tipo de jornada proporciona aos servidores e servidoras.
A coordenadora Marisa Ribas explica: “Se a gente perder as 30 horas os companheiros e companheiras que tiverem filhos serão prejudicados pela questão da creche. Temos que entender que temos colegas de trabalho que para ampliar sua renda familiar têm outros empregos fora da universidade e isso também não vai ser mais possível. Além disso, devemos pensar nos técnicos que brigam muito pela sua qualidade de vida, que neste tempo que estão fora das atividades da universidade procuram cuidar da sua saúde mental, da sua saúde física e isso também estará comprometido”.
Ela faz um chamado: “convoco os técnicos da UTFPR dos 13 campi mais a Reitoria que estejam em Curitiba nesta sexta-feira para que possamos convencer o Conselho de que 30 horas não é regalia! É um direito”.
Assista ao vídeo abaixo e confira o recado da delegação da UTFPR:
Clique aqui e confira na íntegra a pauta da reunião do COUNI