A base do Sinditest definiu, na manhã desta terça-feira (22), que serão realizadas mais duas assembleias gerais nesta semana: uma na quinta-feira (24), com acompanhamento da sessão do Conselho Universitário (COUN) da UFPR temático sobre a PEC 55, e uma na sexta-feira (25), com debate sobre combate à violência contra as mulheres. Ambas as assembleias serão às 9 horas, da Tenda da Greve, no Pátio da Reitoria da UFPR.
Na quinta-feira, será disponibilizado um telão para acompanhamento da sessão do COUN, que vai debater os impactos da PEC 55 na UFPR e definir um posicionamento da instituição. Antes do início da sessão, serão passados informes sobre a caravana a Brasília e a base elegerá os delegados do novo Comando Nacional de Greve (CNG).
Para a sexta-feira (25), o Sinditest organizou um debate sobre combate à violência contra as mulheres, por ocasião do Dia Latinoamericano e Caribenho de Luta contra a Violência Contra as Mulheres. Serão abordadas as violências que atingem as mulheres no geral, as mulheres negras e as mulheres LGBT – considerando também o restante da população LGBT, como gays afeminados e transexuais, que sofrem violência misógina.
Em conjunto ao debate, ocorrerá uma assembleia geral de avaliação da sessão do COUN da quinta-feira (24), temático sobre a PEC 55.
Impactos na UFPR
Na assembleia geral desta terça-feira (22), o mestre e doutorando em Ciência Política pela UFPR Eric Gil, economista do Instituto Latino-americano de Estudos Socioeconômicos (ILAESE), levou à base do Sinditest as conclusões de seu estudo sobre os impactos da PEC 55 na UFPR.
Com dados divulgados pelo portal da transparência do governo federal, o economista fez uma simulação de quanto a Universidade perderia em investimentos se a PEC 55 tivesse entrado em vigor em 2005.
Nesses 12 anos (2005 a 2016), o orçamento anual da UFPR teria uma perda acumulada de R$ 4,7 bilhões.
“Esse valor equivaleria a 14 anos e meio de funcionamento do Hospital de Clínicas”, apontou Eric.
O orçamento de 2016 da Universidade foi de R$ 1,5 bilhão. Com a PEC 55 tendo entrado em vigor em 2005, o orçamento deste ano teria sido de apenas R$ 889 milhões, ou 41% menor. Uma diferença de R$ 620 milhões.
“A PEC, na prática, serve para retirar dinheiro da saúde, da educação e da assistência social. Esse é o propósito da PEC 55. Ela vai jogar as universidades públicas para um nível de funcionamento semelhante ao da década de 90”, afirmou o economista.
Reuniões com reitores
Nas reuniões realizadas com as Reitorias da UFPR, UTFPR e UNILA nesta semana e na anterior, o Comando Estadual de Greve (CEG) ouviu dos dirigentes máximos das instituições respostas semelhantes para a proposta de negociação sobre o ponto dos(as) servidores(as) em greve. Os reitores afirmaram que vão aguardar posição da Andifes sobre o tema, e que o corte do ponto não foi orientado nem autorizado.
Nessas negociações, as comissões formadas pela base do Sinditest conseguiram que os Conselhos Universitários da UFPR e da UTFPR marcassem sessões temáticas para discutir os impactos da PEC 55 nas universidades.
Panfletagem
Conforme aprovado na assembleia geral da semana passada, os(as) técnicos(as) em greve realizarão panfletagens em locais públicos com o objetivo de conscientizar a população sobre a catástrofe que a PEC 55 representa.
Nesta quarta-feira (23), serão distribuídos materiais informativos no Restaurante Universitário do câmpus UFPR Politécnico, às 11h30; na novena do Perpétuo Socorro, às 13h; e na Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, às 17h30. Participe e faça sua contribuição na disputa da consciência do povo!
Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.