Corte de Ponto: categoria não aceita reposição proposta pela Reitoria

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Reposição por horas. Esta é a proposta da Reitoria para a compensação dos dias parados dos trabalhadores e trabalhadoras em greve, paralisados(as) desde o dia 24 de outubro contra a PEC 55, aprovada ontem (13) pelo Senado. A patronal tem pressa para a formalização da proposta, submetida à assembleia geral da categoria nesta manhã (14) e rejeitada pela base, que votou pela continuidade da negociação do corte de ponto. Os servidores e servidoras também deliberaram pela suspensão da greve, com retorno amanhã (15) aos postos de trabalho.

Nossa assessoria jurídica trabalha para o que o acordo contemple a reposição do trabalho, assim como nas demais paralisações já realizadas. “O ponto sensível para a gente é exatamente a forma de reposição. O nosso entendimento jurídico é que a compensação do trabalho é possível. A nossa proposta de acordo é baseada na celebrada anteriormente entre MEC e Fasubra, um acordo de reposição de trabalho. Este acordo já vinha sendo celebrado há alguns anos entre o Governo Federal e as entidades sindicais. Gostaríamos de avançar nesse sentido”, afirmou Henrique Kramer, advogado do Sindicato, durante reunião realizada ontem no gabinete do reitor com representantes do Comando Estadual de Greve.

Histórico de Acordos

“Essa questão do corte de ponto nunca foi uma novidade para nós técnicos. Estamos vivendo um momento político nacional muito complicado, porém entendemos, até mesmo pelo posicionamento da Andifes, que a nossa Universidade tem um posicionamento público que é contrário a PEC. Então qualquer medida de punição aos grevistas que fizeram o seu papel de contraponto a esse projeto de emenda constitucional poderia se contrapor a própria posição da instituição, essa é a nossa avaliação”, declarou Mariane Siqueira, Diretora de Finanças do Sindicato.

Ao longo dos oito anos em que Zaki esteve à frente da Universidade, os servidores e servidoras não fugiram da luta. Foram inúmeras greves, sempre com acordos celebrados ao final. “Se vocês entenderem que esse não é o caminho, se quiserem seguir numa outra direção, vou estar mais alguns dias frente à universidade”, afirmou o reitor, que passa o cargo para o professor Ricardo Marcelo no próximo dia 19.

A proposta apresentada pela Reitoria não favorece o trabalhador e a trabalhadora que lutou e resistiu contra a PEC 55, que congela por 20 anos os investimentos em saúde e educação. A base do Sinditest, assim como toda a universidade, será extremamente prejudicada pelas medidas de austeridade enfiadas goela abaixo pelo Governo.  A direção do sindicato entende que a compensação das tarefas é a forma de reposição mais justa e adequada para a categoria. Lutaremos para que o acordo seja celebrado nestes termos.

Silvia Cunha,
Assessoria de Comunicação e Imprensa Sinditest-PR

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