Transporte público, rodovias, portos, fábricas, canteiros de obra, universidades, comércio e escolas de várias capitais e cidades do país vão parar no dia 29 de maio. Esse foi o informe, ainda parcial, dado pelas principais centrais sindicais, em reunião realizada nesta sexta-feira (22). Os trabalhadores atenderão ao chamado para o Dia Nacional de Paralisação, participarão em peso e darão a resposta à altura que não pagarão pela crise.
Foto: Mídia Ninja
As centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, CTB, Nova Central, UGT e Intersindical destacaram que nacionalmente está sendo preparado um forte dia de paralisação com atos e ações unitárias nas principais capitais do país. A CSB também participou da reunião e disse que buscará maneiras de fortalecer o movimento.
A orientação que todos estão fazendo para suas entidades e movimentos filiados é que busquem a unidade nos estados para realização de ações comuns.
O membro da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, salientou “a importância de nos estados as centrais buscarem chamar os sindicatos, não filiados, e que ainda não aderiram ao chamado de paralisação. Há uma indignação geral contra os ataques do governo do PT e muita disposição de luta”.
“É importante continuar e fortalecer a mobilização dos trabalhadores e as pautas comuns das centrais contra o PL das terceirizações, a rejeição do projeto, as MPs 664 e 665, o ajuste fiscal, são pontos comuns que possibilitam um grande dia de paralisação, rum à greve Geral”, destacou Mancha.
Vai parar tudo
No principal centro financeiro do país o estado de São Paulo, a adesão se amplia a cada dia. Os condutores de ônibus municipais, intermunicipais na capital paulista, ABC, Baixada Santista, Campinas, Sorocaba entre outras regiões indicam que farão ações no dia nacional de paralisação. Parte dos sindicatos do setor somaram à última reunião das centrais.
Estão previstas passeatas em avenidas que serão realizadas com o apoio dos movimentos sociais e popular.
Os motoboys também irão atuar na cidade e farão paralisação nas avenidas que cortam São Paulo. O mesmo ocorrerá em outros estados do país.
Na reunião foram dados informes de que setores do movimento estão empenhados em preparar concentrações nas portas de alguns shoppings de São Paulo com orientação de que os trabalhadores não entrem para trabalhar. O mesmo será feito no setor de comunicação, telecomunicação.
A CSP-Conlutas também destacou as principais atividades que estão sendo organizadas. Em São Paulo, há indicativo de paralisação no dia 27 dos trabalhadores do Metrô e da CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos), além disso, a orientação é de que esses trabalhadores também se somarão ao dia 29.
Os professores em greve da rede estadual de São Paulo se unificarão com os professores municipais que também farão assembleia nesse dia na avenida Paulista. Os servidores públicos federais que entram em greve dia 27 vão se somar ao ato. Neste dia também está previsto um ato nas fábricas da região de Pirituba e manifestação no entorno.
No Vale do Paraíba, interior, haverá adesão dos condutores e a paralisação nas principais fábricas de metalúrgicos da região, como GM, já foi aprovada em assembleia.
Nos demais estados haverá paralisação geral no Ceará, com adesão e diversos setores de sindicatos filiados à central, entre os quais, rodoviários, trabalhadores da construção civil e servidores públicos.
Também há informe de paralisação massiva na Paraíba, Pernambuco, Pará, além do Rio de Janeiro, que contará com um ato unitário.
O representante da Nova Central informou que haverá paralisação da Policia Civil em São Paulo, Santos, além de adesão de categorias de outros setores no Paraná e Rio Grande do Sul.
No Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais haverá atos e ações conjuntas com as centrais sindicais.
Já a CUT informou que está sendo organizada paralisação dos metalúrgicos do ABC e região.
Resposta dos trabalhadores deve ser altura dos ataques
A representante da CSP-Conlutas/SP, Paula Pascarelli, frisou a importância do máximo de adesão dos trabalhadores diante dos ataques do governo e dos patrões. “O governo anunciou corte de R$ 69 bi no orçamento, de onde vocês acham que ele vai tirar dinheiro? É dos trabalhadores, das áreas sociais, dos mais pobres. Por isso, precisamos organizar os trabalhadores e dar a resposta à altura. Parar tudo no dia 29 rumo à greve geral”, finalizou.
Na próxima semana, as centrais irão divulgar um texto unitário sobre o dia 29 de maio que será apresentado para a imprensa e toda a população.
Mande informe do seu estado
É importante que as estaduais e regionais municiem de informações a nacional sobre o Dia Nacional de Paralisação e assim darmos visibilidade para as nossas lutas.
CSP-Conlutas