Conflito Interno no Sinditest-PR Expõe Problemas na Diretoria Colegiada – Caso Comunicação e Imprensa

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Recentes acontecimentos envolvendo a diretoria colegiada do Sinditest-PR, responsável pela condução das demandas dos Técnicos Administrativos em Educação, trouxeram à tona tensões internas sobre a gestão da comunicação do sindicato. De acordo com o Estatuto do Sinditest-PR, vigente desde 2015, a direção colegiada deve atuar em conjunto, baseando suas decisões nos interesses das filiadas e dos filiados.

O Estatuto do Sinditest-PR estabelece que a estrutura de deliberação inclui várias instâncias, como a Assembleia Geral, o Congresso, o Conselho Deliberativo, a Diretoria Colegiada e o Conselho Fiscal. Dentro dessa estrutura, as áreas de atuação são divididas em coordenadorias, sendo a Comunicação e Imprensa (art. 32) responsabilidade direta dos coordenadores Elis Regina Ribas e Daniel Metinoski, eleitos legitimamente para liderar a comunicação sindical, os quais tem enfrentado desafios com parte da diretoria burocrata que tem dificultado o trabalho da comunicação. Um episódio recente envolveu a suspensão do acesso dos coordenadores e da empresa contratada ao site sindical, bloqueio que foi posteriormente revertido pela empresa gestora após intervenção da maioria da diretoria colegiada.

No entanto, os conflitos permanecem, com a resistência por parte dos coordenadores burocratas que buscam a todo custo desestabilizar a Coordenação de Comunicação e Imprensa, usurpando atividades ligadas a pasta e desconsiderando o papel estabelecido pelo estatuto e a legitimidade dos coordenadores eleitos. Além de tentativas de rompimento de contratos, de longa data, com a empresa responsável pela gestão do site, do software de cadastro dos filiados e do software de gerenciamento do financeiro, os burocratas retiraram os créditos de matérias assinadas por atuais e ex-dirigentes, bem como ex-jornalistas. Nem mesmo na transição de diretoria, que deu um golpe no Sindicato, fato ocorrido na gestão anterior a atual, isso ocorreu.

Não é possível imaginar os prejuízos aos dados que a descontinuidade do contrato com a empresa gestora do site e softwares e, que seguindo o estatuto e devolveu o acesso aos coordenadores de Comunicação ao site, poderia causar aos dados de filiação e finanças do Sinditest.

A situação tem se agravado em grupos de comunicação interna, como o Grupo de Trabalho de Aposentados, onde, membros da diretoria burocrata disseminaram desinformações e promoveram inverdades contra outros coordenadores. Esses membros burocratas criam canais paralelos de comunicação para divulgar informações não aprovadas pela coordenação de Comunicação e Imprensa ou pela diretoria colegiada. Imprimem panfletos para distribuição sem aval da direção colegiada e disseminam falsas informações.

O embate expõe uma questão maior: a dificuldade em encontrar consenso dentro da diretoria colegiada. O estatuto, que deveria garantir a pluralidade e a colaboração, tem sido desafiado por atitudes que, segundo a maioria, comprometem a unidade e o funcionamento democrático do sindicato.

A base, representada pelos filiados, observa o desenrolar dos acontecimentos e o que está claro é que a entidade deve ser preservada para tratar dos diversos desafios que a categoria tem para que as pautas da recente Greve sejam atendidas pelo Governo Federal. Aliás, os coordenadores burocratas pouco atuaram durante a Greve e quando atuavam era contra o interesse da maioria, porque para os burocratas vale mais o aparelho do que a luta por conquistas reais para as trabalhadoras e os trabalhadores.

A diretoria colegiada tem um papel crucial na representação dos interesses das filiados e dos filiados, mas os recentes conflitos levantam questionamentos sobre a capacidade de membros burocratas em respeitar as decisões coletivas, principalmente se as decisões envolvem coordenadorias e representações tocadas por dirigentes sindicais mulheres.

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