Uma nova comissão vai voltar a analisar os processos que solicitam a jornada de 30 horas dentro da UFPR. Atualmente, 46 deles estão parados na Secretaria de Órgãos Colegiados (SOC), de acordo com uma lista fornecida pela administração. A notícia foi dada na manhã desta terça-feira, 18, à comissão de negociação da pauta local pelo pró-reitor de administração da universidade, Edelvino Razzolini Filho.
Segundo o pró-reitor, a comissão deve ser restituída já na próxima reunião do Conselho de Planejamento e Administração (Coplad), marcada para a próxima quarta-feira, 25. Os encarregados terão um prazo de 30 dias para analisar os processos engavetados. Enquanto isso, a implantação do ponto eletrônico, prevista inicialmente para atingir toda a universidade já no mês de setembro, fica suspensa.
“Nós conseguimos barrar a extensão do ponto eletrônico para toda a universidade, que aconteceria em setembro. É uma vitória parcial importante”, analisa o diretor do Sinditest-PR Márcio Palmares.
A comissão de negociação do comando local de greve, no entanto, reivindica que processos que não chegaram à SOC e ficaram presos nos departamentos também sejam incorporados à pauta. Exemplos disso são os setores de Agrárias, Litoral e a Prefeitura da Cidade Universitária (PCU). O comando local também quer que a comissão, em sua composição, garanta a participação de representantes dos servidores técnico-administrativos eleitos em assembleia.
“Se não for assim, não tem sentido, porque daí fica muito fácil simplesmente negar tudo”, pontua Natália Oshiro, também da diretoria do Sinditest-PR.
HC
A reunião de hoje também discutiu a pauta específica do Hospital de Clínicas. Segundo Max Dias Colares, servidor do HC, até agora as duas reuniões com os representantes da reitoria foram “positivas”. “Ouvimos deles, por exemplo, o compromisso de que as 30 horas dentro do HC estão garantidas. Eles prometeram formalizar isso.”
Os demais itens da pauta também já foram avaliados pela administração. Agora, os servidores vão formalizar uma contraproposta, item a item.
Em alguns pontos, há acordo entre o comando local e a administração. É o caso da crítica ao processo que obriga profissionais de enfermagem a produzirem medicamentos, de forma improvisada, no setor de transplante de medula óssea, quando a tarefa deveria ser executa por farmacêuticos treinados. “Essa reivindicação de vocês, pelo que eu vi, é a mais prioritária”, admite Mônica Evelise Silveira, da Divisão de Logística e Infraestrutura Hospitalar. “Eu me comprometo a ir lá conhecer e ver o que pode ser feito.”
Uma das divergências é sobre a compra de materiais. “Eles dizem que as licitações estão sendo feitas, que está tudo bem. Então, temos que mostrar que no banco de sangue faltam filtros para fazer hemácias”, exemplifica Max Colares.
Sandoval Matheus,
Assessoria da Comunicação do Sinditest-PR.