Da esquerda para a direita: Avanilson Araújo (jurídico), Fabiano Camargo da Silva (economista DIEESE), José Carlos de Assis (diretor), Carmem Luiza Moreira (diretora).
Em assembleia realizada hoje (19) pela manhã no Sede Social do sindicato os (as) trabalhadores (as) FUNPAR/HC aprovaram o eixo da Campanha Salarial 2015/2016. Também foi escolhida a Comissão Obreira, que já se prepara para negociar e exigir o cumprimento completo da pauta de reinvidicações.
Veja o EIXO da campanha salarial 2015/2016:
*A pauta da Campanha é bastante extensa, abaixo segue o conteúdo principal.
Nenhuma demissão FUNPAR /HC ! Garantia de cinco anos de emprego no ACT!
Reposição da inflação de 7,28%!
Recomposição das perdas históricas de 6,08!
Aumento real de 2,46%. Total de reajuste de 16,60% já!
Piso da base de cálculo do adicional de insalubridade de R$1.178,00!
Aumento auxílio-alimentação de R$31,65!
Pela valorização dos trabalhadores FUNPAR/HC!
Comissão Obreira de Negociação, da esquerda para a direita: José Carlos Assis, Carmem Luiza Moreira, Rafael Krasota, Celia S. da Silva, Nelson J. Platner, Maria A. de Abreu, Aparecida dos Santos Souza, Valdinei R. Oliveira. Faz parte também da comissão Adenir J. Andrade
Fabiano Camargo da Silva, economista do DIEESE, participou da assembleia para expor a conjuntura política e econômica do país. Em seu balanço o economista alertou que o Brasil está crescendo menos, em 2014 o PIB estagnou e o cenário em 2015 está pior, com aumento de desemprego e medidas de austeridade contra os trabalhadores lançadas pela presidente Dilma, como as MPs 664 e 665.
Para Fabiano esses fatores irão influenciar nas negociações com os patrões, mas não são determinantes. “A gente espera conquistar esse ano muito mais do que no ano passado. O ganho real vai depender muito da mobilização dos trabalhadores. Mesmo nesse cenário de incerteza e instabilidade muitas categorias conseguiam um ganho real acima da inflação. Vai depender muito da luta que será feita pelo sindicato e pelos trabalhadores”, afirmou. O diretor Márcio Palmares apontou a greve dos servidores públicos do Paraná, que ocuparam a ALEP e fizeram a marcha dos 50 mil em Curitiba, e a greve dos trabalhadores da GM, que conseguiu reverter 800 demissões.
Mesmo tendo espaço negado pela EBSERH dentro do próprio hospital, trabalhadores e trabalhadoras FUNPAR/HC estão de cabeça erguida e vão lutar pela Campanha Salarial da categoria. Os fundacionais sofrem há anos com a ameaça de demissão e agora com a EBSERH/HC vivem constantes ataques que tentam dificultar ao máximo seu direito de organização.
A diretora do Sinditest Carmem Luiza Moreira parabenizou os (as) companheiros (as) de trabalho pela resistência que demostram e pela disposição de luta. “Somos guerreiros e vencedores, vamos estar aqui pra gente poder ter aumento de salário, por dignidade! Não é por que o reitor pode por a gente na rua a qualquer momento que a gente vai desistir de lutar. Não vamos! Vamos ficar forte! Todo ano tem acordo coletivo e enquanto existir FUNPAR dentro do HC é por isso que nos vamos lutar”.
Informes jurídicos da Assembleia
O Sinditest entrou na justiça para defender os trabalhadores contra as práticas anti-sindicais da direção do hospital e da reitoria. No dia 10 de abril haverá audiência para julgar o pedido de dano moral coletivo causado a esses trabalhadores. “A patronal está coagindo as pessoas a não participar do sindicato e isso é crime” afirma Avanilson Araújo, advogado do Sinditest.
A assessoria jurídica também informou que no dia 27 de março haverá audiência para julgar o caso das pessoas que atuam em área crítica no HC, mas não recebem pagamento adicional pelo serviço. Também haverá o julgamento sobre o atraso do pagamento de salário e férias dos fundacionais no início do ano.
Adriana Possan
ASCOM Sinditest