Os trabalhadores e trabalhadoras do movimento paredista estão apostando no diálogo e na negociação com reitores para garantir que o direito à greve seja respeitado. O Comando Estadual de Greve (CEG), que vem tentando marcar reuniões com a administração das universidades desde o início da paralisação contra a PEC 55 (antiga 241), se reunirá com a Reitoria da UFPR e da UTFPR nesta quinta-feira (17), às 11 horas e às 16h30, respectivamente.
O CEG se reunirá hoje, quarta-feira, para elaborar proposta de negociação e a apresentará na assembleia marcada para amanha, às 9h30, no pátio da Reitoria da UFPR, para aprovação ou não da base. Se aprovada, uma comissão de grevistas levará as reivindicações ao reitor Zaki Akel, às 11 horas. O objetivo é fazê-lo se comprometer a não cortar o ponto dos(as) técnicos(as) em greve, mesmo se a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) vier a ser publicada, permitindo sua aplicação. Após a reunião, os informes do que foi deliberado serão passados para a base, em assembleia.
À tarde, o CEG se reúne com o reitor da UTFPR, Luiz Alberto Pilatti, às 16h30, e apresentará a mesma proposta de negociação aprovada em assembleia. Mais do que garantir que o ponto não seja cortado, as reitorias e os conselhos universitários devem se posicionar contra a decisão do STF, que ataca aqueles(as) que exercem o direito legítimo de enfrentar medidas que prejudicam a carreira, o bem-estar e a qualidade de vida.
Vale lembrar que a decisão do STF favorável ao corte de ponto de servidores(as) públicos(as) em greve ainda não foi publicada. Após a publicação no acórdão do tribunal, ainda cabe recurso para reverter a medida. No momento, o corte de ponto não pode ser aplicado.
Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.