A médica e docente da UFPR Claudete Reggiani tomou posse como superintendente do Hospital de Clínicas (HC) na manhã desta quinta-feira (2), no hall da diretoria da instituição, que estava lotado de trabalhadores(as) e dirigentes. Em seu discurso, a nova diretora falou sobre a necessidade de acabar com as diferenças entre os três vínculos empregatícios presentes no Hospital e sobre a importância do equilíbrio entre a formação, função de um hospital-escola, e o atendimento ao SUS.
“São 3.232 técnicos no HC, entre Regime Jurídico Único, EBSERH e FUNPAR, com diferenças de salários, insalubridade e até na questão dos feriados. Precisamos achar caminhos para sanar essas diferenças. É nossa responsabilidade adequar um grupo que trabalha em harmonia”, afirmou.
Claudete ainda citou a adesão à Ebserh como central para a “geração de indicativos” que possibilitam “estabelecimento de metas”.
Balanço
O ex-diretor do Hospital, Flávio Tomasich, fez um discurso sobre seus 3 anos e 6 meses na gestão da instituição. Definiu o período de discussão sobre a opção pela EBSERH como de “momentos intensos”, e afirmou que o HC está em um período de transição, em que encaminha para a plena consolidação do modelo empresarial. Segundo ele, a EBSERH permitiu que o Hospital aumentasse seus serviços e sua produção.
Tomasich ainda comentou que em 10 dias após a posse do reitor Ricardo Marcelo o HC enfrentou “uma ou duas crises”, e que qualquer dificuldade enfrentada pela instituição tem muita repercussão na sociedade. “O Hospital de Clínicas é o maior projeto social da Universidade.”
Prioridade
Encerrando a cerimônia, o reitor Ricardo Marcelo contou sobre sua época de campanha, ao lado da vice-reitora eleita Graciela Muniz, na qual percorreu o HC. “Foi o local que mais nos tocou. Estávamos na Farmácia quando uma servidora, muito brava, falava da falta de medicamentos, e da situação de ter de que escolher se um único remédio disponível seria dando para esta criança ou para aquela”, lembrou.
O reitor afirmou que sabia, antes de ser eleito, que as questões conjunturais e estruturais do HC seriam sua prioridade. Ele afirmou que o contrato com a EBSERH é uma realidade absolutamente irreversível e que conta com o pessoal da Empresa – trabalhadores(as) “irrenunciáveis”.
Estavam presentes na cerimônia o presidente da EBSERH, Kleber de Melo Morais, representantes da prefeitura de Curitiba e de entidades do terceiro setor – como a instituição Amigos do HC –, além de outro(as) dirigentes.
Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.