CHC: trabalhadores da UPME denunciam falta de insumos e EPIs

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Em denúncia realizada junto ao Sinditest-PR, técnicas e técnicos administrativos em educação (TAEs) lotados na Unidade de Processamento de Materiais Esterilizados (UPME) afirmam que as condições de trabalho estão, mais uma vez, precárias. Faltam insumos e, principalmente, Equipamentos de Proteção Individual — EPIs. O uso de ferramentas inadequadas torna o trabalho mais lento, impreciso e arriscado, contribuindo diretamente para o aumento no índice de acidentes. Além disso, falta  manutenção nos equipamentos automatizados no setor, que estragam e permanecem estragados por muito tempo, dificultando o trabalho dos funcionários.

A direção do Sindicato esteve no Complexo Hospital de Clínicas e conferiu de perto a situação relatada. A gestão tem substituído luvas de látex e luvas para autoclave por materiais improvisados, impróprios para o ambiente hospitalar e, consequentemente, para a realização segura das atividades.

“Estamos usando luvas de jardim. Até mesmo esponjas descartáveis são reutilizadas. Infelizmente, neste momento, não temos outra opção”, afirmou a diretora sindical Nilmara de Freitas Pontes.

Diante da crise de recursos que perdura há mais de 15 dias, a equipe já pensa em cruzar os braços — uma resposta à falta de planejamento na compra dos materiais que gera negligência do CHC em relação aos riscos evidentes à saúde de seus funcionários.

Para além dos problemas relacionados à falta de materiais básicos, TAEs da UPME também estão indignados com insinuações, feitas pela Supervisão Geral Administrativa do noturno, que faz as visitas em todas as lotações de internação e trabalho, em relação à seriedade com que executam seu trabalho. Tais ilações, combinadas com a falta de materiais, vem tornando o ambiente de trabalho tóxico, gerando preocupação com possível adoecimento mental.

“Nós estamos cansados. Queremos que essa situação se resolva. Exigimos respeito por parte da supervisão e condições dignas pra gente exercer o nosso trabalho da forma correta. Somos profissionais, sabemos como trabalhar e nunca deixamos serviço para trás”, destaca a equipe que atua na unidade.

Para a direção do Sinditest-PR, este é um problema recorrente, que ao longo dos anos vem sendo remediado pela administração do hospital através de soluções paliativas, ineficazes e temporárias. A UPME é considerada uma unidade estratégica, diretamente vinculada à manutenção de diversos processos realizados no CHC.

“Vamos pressionar até que a situação se resolva. Estamos ao lado dos TAEs para oferecer todo o suporte necessário. Não é possível que uma instituição do tamanho do Complexo deixe à mercê os seus funcionários”, finalizou Nilmara.

Confira as imagens dos materiais:

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