A base do Sinditest decidiu dar seguimento à paralisação da FASUBRA em assembleia de greve realizada nesta sexta-feira (10), Dia Nacional de Lutas contra a retirada de direitos pelo governo Temer. Técnicos e técnicas da UFPR e UNILA permanecerão em greve, e na próxima semana avaliações cotidianas serão feitas para que a categoria delibere se a paralisação continua ou não.
Quando à UTFPR, em assembleias setoriais realizadas ao longo desta semana nos câmpus do interior, os(as) trabalhadores(as) decidiram por não aderir, por ora, à greve da FASUBRA. Os(as) técnicos(as) temem o corte de ponto devido à postura intransigente e autoritária da Reitoria. A administração ameaça rever as 30 horas, e impôs um acordo para a greve de 2016 que obriga os(as) técnicos(as) a repor 16 horas no local de trabalho e mais de 200 horas em cursos de capacitação, fora do expediente.
Foi eleito o Comando Local de Greve e também o Comando Nacional de Greve, com três representantes, um de cada Universidade, que irão a Brasília acompanhar as discussões da FASUBRA. Uma nova rodada de assembleias setoriais será realizada nos câmpus da UTFPR para tentar convencer a base a se juntar ao movimento paredista.
Está em construção a caravana a Brasília para um grande ato no dia 28 de novembro. Em breve, o Sinditest divulgará as informações necessárias para inscrição.
“No noticiário todas as falas da equipe econômica do governo mencionam os servidores públicos como vilões. Estão falando em desidratar a Reforma da Previdência, mas cortando os privilégios. E para o Temer, os privilegiados somos nós. É isso que está colocado na ordem do dia. A FASUBRA não está errada em chamar uma greve agora. Errados estão os outros setores que não acordaram ainda. Nosso espaço hoje tem que ser a rua! Tem que ser a construção de uma grande caravana a Brasília no dia 28!”, declarou Carla Cobalchini, coordenadora de Comunicação e Imprensa do Sinditest.
Ato unificado
Após a assembleia, a base rumou para a Boca Maldita, para participar do ato unificado das centrais sindicais neste Dia Nacional de Paralisação e Luta. Diversas categorias estavam representadas no local. Mariane Siqueira, coordenadora de Administração e Finanças, falou em nome do Sinditest.
“Hoje é um dia de luto para a classe trabalhadora. Hoje é o último dia da CLT como nós a conhecemos, porque a partir de amanhã começa a vigorar a Reforma Trabalhista. E mais retrocessos vem por aí, como a Reforma da Previdência. É por isso que as centrais sindicais têm que chamar suas bases e construir uma nova greve geral para barrar os ataques do Temer!”, disse Mariane, do alto do carro de som.
Fique ligado no site e no Facebook do Sinditest! Em breve divulgaremos as atividades de greve da próxima semana e as informações da Caravana a Brasília!