CARTA ABERTA AOS PARLAMENTARES FEDERAIS E DEMAIS AUTORIDADES DO GOVERNO FEDERAL
As servidoras e os servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) das Universidades e Institutos Federais de Ensino paralisaram suas atividades nos dias 07 e 08 de novembro. A categoria, que torna possível o ensino, a pesquisa, assistência e a extensão universitária, busca dignidade e justiça através da valorização dos salários e do aprimoramento do Plano de Carreira (PCCTAE).
Nosso intuito é sensibilizar as autoridades que têm o poder de conceder o tão desejado aprimoramento de carreira para a maior categoria do serviço público federal. Só no Paraná, somos aproximadamente 12.000 servidores em mais de 46 municípios.
A valorização e o aprimoramento da carreira dos TAEs têm impacto fundamental na gestão das Universidades e Institutos Federais. Devido a precariedade salarial e falta de isonomia nos demais benefícios com as outras categorias do funcionalismo, a taxa de desligamento subiu exponencialmente, atingindo 75% conforme apresentado pelo Painel Estratégico de Pessoal (2023).
Ou seja, há um percentual enorme de servidores técnico-administrativos em educação que requerem desligamento das instituições federais de ensino, comprometendo sobremaneira a qualidade e quantidade de serviços prestados à sociedade.
Também não menos desafiante é o quadro previdenciário, disponível no Portal da Transparência (2023), na medida em que as mudanças no regime de aposentadoria criaram três categorias distintas de servidores e de servidoras. Sendo elas, 42,9% Teto RGPS; 32% Média; e 25,1% Integralidade. Este fato contribuiu em muito para a taxa elevadíssima de desligamento demonstrada.
Tal situação configura um quadro de precariedade na prestação de serviços à comunidade e um verdadeiro pesadelo administrativo, vivenciada, sobretudo, por aqueles que precisam, em especial, da assistência em saúde.
O hospital escola da UFPR, o Complexo Hospitalar do Hospital de Clínicas – CHC-UFPR, localizado em Curitiba, é o maior hospital universitário do sul do país, atendendo aproximadamente 24 mil pacientes/mês, conta com mais de 600 leitos, sendo realizados mais 70 mil procedimentos/mês. Ocorre que o quadro caótico descrito acima tem afetado demasiadamente a eficiência, a celeridade e a abrangência dos serviços oferecidos, apesar de todo o esforço e dedicação das técnicas e dos técnicos administrativos em educação. A título de exemplo, pelos baixos salários e condições de trabalho, não se consegue contratar vários profissionais, como anestesistas, radioterapeutas, entre outros integrantes da carreira dos Técnicos Administrativos em Educação.
Prezados Senhores e Senhoras, precisamos de vosso apoio para superarmos essa precária situação, valorizar o fundamental trabalho dos servidores técnico-administrativos em educação e aprimorar a carreira, seja manifestando-se no plenário da casa parlamentar que participa, seja contribuindo com seu voto na previsão orçamentária para a implementação do aprimoramento da carreira dos técnicos administrativos em educação, ou ainda requerendo celeridade e efetividade na negociação com o governo federal.
Desde já, queremos agradecer o empenho de vossas senhorias e afirmar que nossa gratidão e memória são efetivas e longevas.
