Um ato em formato de aula pública foi realizado na Boca Maldita, em Curitiba, como programação do Dia Nacional de Lutas contra a Reforma da Previdência, 19 de fevereiro. Esta é a data em que a destruição da aposentadoria iria para votação na Câmara dos Deputados. O ato teve a participação das centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT e CTB, e foi organizado pela APP-Sindicato. Durante a manhã, foram realizadas ainda diversas outras ações, como panfletagem no Terminal Guadalupe e INSS, além de mobilizações pontuais nos locais de trabalho.
O Sinditest marcou presença juntamente com outras entidades: Sindisaúde, Sintcom-PR, Sismuc, Sismmac, SindUTFPR, SindSeab, Sindiprevs e Sindiedutec, entre outros. Os(as) representantes das instituições falaram em frente a uma faixa pintada de quadro negro, enquanto membros das bases ouviam sentados(as) em carteiras. O protesto chamava a atenção para o desmonte da educação pública, uma das principais áreas afetadas pelas políticas privatistas do governo Temer.
A coordenadora do Sinditest Mariane Siqueira representou a CSP-Conlutas. Ela falou sobre o aprofundamento do golpe que colocou o ilegítimo no poder, com a intervenção militar no Rio de Janeiro e a condenação do ex-presidente Lula, e chamou a atenção para os desmandos de juízes: “Nós sabemos que o parlamento que nós temos, tanto a Câmara de Deputados quanto o Senado, é formado por uma maioria de corruptos. Mas ninguém de nós aqui autorizou o Judiciário a falar em nome do povo trabalhador e fazer com que o Legislativo não seja mais reivindicado neste país”.
Mariane ressaltou a importância da união entre os diversos setores da classe trabalhadora. “Nós teremos que pensar na nossa unidade daqui pra frente para defender direitos para além dos direitos trabalhistas e imediatos que estamos perdendo. A defesa da democracia vai passar inclusive por combater o Judiciário. No ano passado tivemos o momento mais vitorioso, que foi a construção da greve geral do dia 28 de abril. Conseguimos nos unificar e fazer manifestações grandiosas por este país, mas isso não bastou, tivemos algumas iniciativas de mobilização que não foram suficientes. Nós vamos precisar que cada vez mais tenhamos a certeza que o que nos unifica é a defesa dos direitos democráticos”, finalizou.
As demais lideranças também falaram sobre a urgência de intensificar o trabalho com as bases e as ações de conscientização da população.