A manifestação “Luto pela Ciência” levou centenas de servidores(as) técnicos(as) administrativos(as) e docentes, estudantes e pessoas da comunidade externa às escadarias do Prédio Histórico da UFPR em protesto contra o corte de verbas da Capes, na manhã desta quinta-feira (9). O Sinditest, juntamente com o DCE, Asufepar e a Apuf-PR, apoiaram o ato organizado pela Reitoria.
Pesquisadores(as) e docentes fizeram falas reivindicando uma universidade pública, gratuita e de qualidade, que beneficia a toda a sociedade e está ameaçada pelas políticas de desmonte dos serviços públicos. Mariane Siqueira, coordenadora de Administração e Finanças do Sinditest e coordenadora de Seguridade Social/Saúde da Fasubra, representou o Sindicato no microfone.
“É um momento difícil para a Universidade, mas é um momento difícil também para o jovem e a jovem trabalhadora que está desempregada. São mais de 14 milhões de pessoas desempregadas no país. Nós estamos vivendo uma conjuntura que os estudantes secundaristas nos alertaram em 2016 que a aprovação da PEC 55 traria. Com a EC 95, os orçamentos para os próximos 20 anos serão iguais a este ou piores. O nosso Judiciário, o Supremo, já aprovou para si próprio um reajuste salarial de 16,38%. Esse mesmo Supremo, que acha que pode ter um teto de R$ 40 mil de salário, nega as bolsas de pesquisa nas universidades, nega o reajuste dos servidores, nega a abertura de concursos, e diz que a sociedade precisa pagar pela crise econômica”, denunciou.
Mariane também conclamou os presentes ao ato para se unir ao Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, 10 de agosto, Dia do Basta em defesa da aposentadoria e dos direitos dos(as) trabalhadores(as). “Nossas universidades públicas sempre foram exemplo de resistência. Cabe a nós a responsabilidade de seguir fazendo história. E entraremos para a história de qualquer forma, só resta saber de que lado, se dos trabalhadores ou do lado dos que abaixam a cabeça para os órgãos de controle. Amanhã é o Dia do Basta aos cortes na saúde e na educação; é o Dia do Basta de ataque à juventude; é o Dia de Basta à violência contra as mulheres!”
A programação do Dia do Basta terá início às 9h, com um ato em defesa das 30h, na frente do HC. Logo depois, às 10h30, concentração na Praça da Mulher Nua (Dezenove de dezembro), para o ato unificado das centrais sindicais, às 11h, na Fiep (Cândido de Abreu, 200).