O Sinditest está realizando uma rodada de assembleias setoriais para discutir nos locais de trabalho sobre a greve convocada pela FASUBRA, e preparar o debate para a assembleia geral do dia 11 de outubro. Na manhã desta quarta-feira (4), a discussão foi realizada no Centro Politécnico da UFPR. A categoria avaliou os ataques do governo Temer ao serviço público, sobretudo, à carreira dos(as) técnicos(as).
“A proposta é pegar o percentual do incentivo à qualificação, como mestrado e doutorado, e transformar em um valor fixo. O adicional não vai acompanhar o salário e vai ser corroído pela inflação”, explicou o coordenador de Organização por Local de Trabalho Yousseff Ali.
A coordenadora de Comunicação e Imprensa Carla Cobalchini afirmou que nunca houve tantos motivos para fazer greve como agora. Além de planejar acabar com as carreiras dos(as) técnicos(as), vem aí o Programa de Demissão Voluntária (PDV) como forma de extinguir a categoria. “É um projeto geral de privatização das universidades”, completou Yousseff.
Técnicos(as) se manifestaram durante a assembleia denunciando assédio moral por conta da greve do ano passado, citando casos de docentes que se negaram a homologar o ponto dos(as) trabalhadores(as) por muito tempo, mesmo depois do retorno ao trabalho. Vencer as ameaças das chefias e o medo das retaliações é fundamental para construir uma luta forte e mostrar à administração que a categoria está unida para defender seus direitos, concluíram os(as) técnicos(as).
Alguns trabalhadores(as) também falaram sobre a degradação da universidade, que vem piorando com as medidas de ajuste fiscal e caminha para ficar insustentável com os efeitos da PEC 241/55 – que se tornou a Emenda Constitucional 95/2016. “Já falta até giz branco, daqui a pouco vai faltar papel para os serviços administrativos”, comentou um trabalhador. Outra técnica contou que no laboratório onde ela atuava os(as) estudantes faziam vaquinha para comprar reagente e assim podem realizar aulas práticas.
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