Nesta manhã (12), trabalhadores e trabalhadoras da base do Sinditest ficaram por dentro de pautas de interesse da categoria. Em Assembleia Geral realizada no Hospital de Clínicas, local onde as 30 horas também estão ameaçadas, servidores(as) discutiram aspectos da jornada flexibilizada e receberam importantes informes jurídicos.
30 horas
A coordenadora de Administração e Finanças, Mariane Siqueira, fez um relato sobre a última sessão do Conselho Universitário (COUN), convocada extraordinariamente, em que estavam na pauta cinco processos de flexibilização de jornada dos campi Jandaia e Palotina. Eles não foram votados por uma clara indisposição dos conselheiros, que estão postergando a discussão, e com anuência do reitor.
A sessão do COUN iria contar com a presença de representantes da Controladoria Geral da União, o que foi solicitado pelo Fórum de Diretores de Setor e acatado pelo reitor Ricardo Marcelo. A CGU apenas não compareceu ao COUN porque o ponto de pauta anterior, sobre o Sistema de Bibliotecas (SiBi), se alongou muito.
“Quando o reitor abriu o ponto, cinco conselheiros docentes pediram vistas, um de cada processo, numa ação orquestrada para barrar a votação. Os conselheiros estão fazendo de tudo para não votar os processos antes de ouvir a CGU, e vêm adotando aquela velha história de ‘não quero comprometer meu CPF para não pagar multa’”, disse Mariane.
No entendimento da categoria a autonomia universitária não pode ser agredida por meio de Órgãos de Controle como a CGU e o TCU. “Os(as) trabalhadores(as) exigem uma postura firme do Reitor e dos(as) conselheiros(as) para que as resoluções internas da universidade sejam aplicadas. Isso precisará da unidade entre os técnicos do Hospital de Clínicas e das unidades acadêmicas da UFPR”, ressalta a dirigente sindical.
Em seguida, o coordenador de Administração e Finanças do Sinditest Max Colares falou sobre a questão das APHs e as 30 horas no HC. Ele informou que não existe mais APH no Hospital, e que os boatos de que alguns setores estariam fazendo APH são falsos. Segundo Max, o reitor afirmou que a jornada flexibilizada no HC é um direito garantido, que não será mexido. No entanto, reforçou Max, a categoria não pode se desmobilizar, e é fundamental lutar pela manutenção dessa conquista histórica.
Outra situação problemática no Hospital de Clínicas refere-se ao fechamento de leitos. A superintendência do hospital tem atribuído a situação aos trabalhadores(as), que não aceitam este argumento.
Os seguintes encaminhamentos foram aprovados por unanimidade:
– Solicitação de audiência com o reitor e a presença das comissões locais de flexibilização, do Sindicato e as bancadas do Conselho Universitário (COUN) e do Conselho de Administração do HC (COAD).
– Realização de assembleias setoriais para mobilização
– Realização de assembleia geral no dia do COUN, no pátio da Reitoria.
Ação dos 28% – UFPR
O advogado Marcelo Trindade, da assessoria jurídica do Sinditest, informou que “a novela antiga de 25 anos” das ações dos 28% finalmente chegou a um final feliz. O Sindicato entrou com uma ação coletiva em defesa de servidores(as) que fizeram acordo para recebimento parcelado dos 28% e que não receberam todas as parcelas a que tinham direito. Cerca de 900 servidores entregaram seus documentos na época, mas nem todos eles tinham diferenças a receber. Recentemente, após muitas idas e vindas e bolas na trave, o Sindicato ganhou a ação contra a UFPR.
“Alguns valores são baixos, outros são altos. Agora vamos iniciar a execução dessa sentença cobrando os valores efetivamente devidos. É grande o número de servidores que foram prejudicados”, disse Marcelo. A assessoria solicitou à Progepe a lista dos beneficiados. Para mais informações, os(as) servidores(as) devem entrar em contato com o plantão da assessoria jurídica pelo telefone (41) 3362-7373.
Plenária da Fasubra
Também nesta assembleia foram eleitos(as) cinco delegados(as) de base, de uma chapa única, para a plenária nacional da Fasubra dos dias 14, 15 e 16 de setembro em Brasília-DF.