Assembleia Geral delibera por paralisação no próximo dia 7

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Trabalhadores e trabalhadoras da base do Sinditest reunidos em assembleia geral deliberaram, na manhã de hoje (23), pela adesão ao Dia Nacional de Lutas, marcado para 7 de junho, sendo condicionada a paralisação à plenária do Fonasefe, que ocorrerá em 29 de maio e trará o resultado da consulta às bases.

A categoria cruza os braços e suspende as suas atividades em defesa dos Serviços Públicos. A base elegeu ainda a chapa que irá representá-la dias 15 e 16 de junho, na próxima plenária da FASUBRA. Os(as) sete delegados(as) a que o Sinditest tem direito foram eleitos(as) em sua totalidade pela chapa SonharLutar. A chapa Ressignificar obteve apenas um voto, não elegendo assim representação.

Entre os informes, destaque para a reintegração da funcionária da Funpar Loni Valério, que volta à Copa do Hospital de Clínicas, seu posto de trabalho por mais de 24 anos, amanhã, dia 24.

A avaliação de conjuntura ficou por conta do trabalhador Marcelo Locatelli, que fez um alerta: “nós não temos condições de fazer um avanço da nossa luta se nós não compreendermos que cenário nós estamos enfrentando. É muito importante a gente enxergar, ter nitidez, para que a gente consiga de fato entender porque nós estamos nesta situação tão difícil. Nós tivemos uma série de medidas que foram aprovados e que já estão fazendo efeito”.

Ele complementa: “a EC 95, que congela os gastos por 20 anos, é o principal ponto de apoio para tudo aquilo que o governo está fazendo. E o cenário que nós temos hoje é de muita restrição orçamentária pro conjunto do serviço público. As universidades estão de fato trabalhando no vermelho. No ano passado já tivemos problema e esse ano o problema segue nas universidades”.

Para a coordenação do Sinditest, a nova direção da FASUBRA tem o papel fundamental de unificar os sindicatos nacionalmente em relação a essas temáticas. “Sabemos que o governo tem prioridades. E essa prioridade eles garantem retirando da saúde e da educação, que é onde pega a população mais pobre, o povão, os trabalhadores deste país. Nós sabemos que isso já está acontecendo e o cenário para os próximos 18 anos, com a EC do teto dos gastos, tende a ficar mais difícil”.

CONFASUBRA

Outro ponto de pauta da assembleia, os informes sobre o CONFASUBRA foram dados pela nova diretora da entidade. A coordenadora de administração e finanças do sindicato Mariane Siqueira assume a pasta de saúde e direitos previdenciários da Federação pela chapa SonharLutar. Além disso, o trabalhador de base Olivir Freitas foi indicado para uma suplência pela chapa Ressignificar.

“Diferentemente do que foi o CONFASUBRA anterior, desta vez tivemos um Congresso mais organizado, onde todos os espaços funcionaram. Nenhuma mesa foi cancelada. Tivemos mesas temáticas sobre hospitais, carreira, 30 horas, sobre combate às opressões, tudo isso aconteceu”, conta Mariane.

A nova diretoria da Federação, que será empossada no dia 1º de junho, é composta agora por 27 membros, representantes dos servidores em educação de todo o país. “Vamos levar a nossa experiência do HC para a FASUBRA. O que já foi a implementação da EBSERH, o que que é a organização dos trabalhadores da Funpar, as dificuldades dos trabalhadores RJU dentro do hospital, a falta de recursos, insumos, de verbas…Isso vai servir de muita experiência e também vamos trazer de lá essa força para que a gente possa fazer a nossa luta por aqui”.

30 Horas

Assunto recorrente nas assembleias, as 30 horas voltaram à discussão com a recente decisão do Conselho Universitário da UTFPR, que se posicionou pela restrição da jornada flexibilizada na Universidade. “O retrocesso é muito grande. E se você deixa 1/3 da categoria fazendo 30 horas daqui a pouco ninguém mais faz. Quando uma Universidade perde, todas as outras perdem força”, afirmou o coordenador Carlos Pegurski.

“Através dos Órgãos de Controle via Judiciário esse ataque já tem começado com bastante pressão. Nós temos a UNILA que sequer é regulamentada pelo Conselho Universitário. No caso da UFPR nós estamos numa batalha muito grande na implementação da resolução que foi aprovada no ano passado. Sabemos que todos os dias tem CGU em movimento sempre tentando pressionar e isso é geral”, afirmou Mariane.

Juventude

A estudante de Direito da UFPR Ana Júlia Ribeiro, destaque das ocupações secundaristas de 2016, esteve presente à assembleia, saudando a base e ressaltando a importância da unificação das lutas entre a juventude e a classe trabalhadora.

Paralisação

Fique atento(a) ao site do Sindicato e também às nossas redes sociais. Em breve divulgaremos mais informações sobre as mobilizações previstas para o Dia Nacional de Lutas, que será realizado no dia 7 de junho.

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