Os trabalhadores e trabalhadoras da Funpar discutiram as propostas para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2018/2019 e escolheram o slogan da campanha: Mexeu com um, mexeu com todos! Ninguém fica pra trás! Respeito e dignidade sempre”. A assembleia foi realizada na manhã desta quinta-feira (5), no Hospital de Clínicas.
Uma urna foi colocada à disposição para receber sugestões de propostas para o ACT. Os(as) trabalhadores(as) manifestaram interesse nas pautas da equiparação salarial e da incorporação do Vale Alimentação ao salário. “A equiparação salarial é uma coisa que estamos pedindo há muito tempo. Só de falar nisso os cabelos dos representantes da patronal se arrepiam. Tudo que a gente for colocar no ACT só vamos conseguir se todo mundo estiver aqui, com a força de todo mundo”, disse Rosana Regina Nunes, a Rosaninha, da comissão obreira.
A próxima assembleia, para aprovação da pauta do ACT, será realizada no dia 18 de abril.
Demissões
Sobre as demissões de trabalhadores(as) da categoria, que não haviam manifestado desejo de serem dispensados(as), a direção do HC alegou que a causa foi baixa produtividade. Dos três dispensados, apenas um não quer lutar pela reiteração. “Sabe quando a gente não produz? Quando não tem papel, não tem luva, não tem seringa. Quando a gente não produz, é porque não tem material!”, denunciou Rosaninha.
Desde a data das demissões, o Sinditest vinha tentando marcar uma reunião com a direção do Hospital. Nesta semana, uma comissão da direção do Sindicato foi até o gabinete do reitor Ricardo Marcelo para resolver a questão.
O reitor disse não estar sabendo de nada, mas afirmou que situações como essa não têm que ocorrer, pois divergem do que foi acordado com (as) trabalhadores(as) e também do que foi prometido durante sua campanha. O Sinditest vai lutar e negociar para que estas duas demissões não sejam efetivadas – as trabalhadoras não querem e pediram ao sindicato para ajudá-las nessa luta pela permanência.
Ricardo Marcelo ainda deu uma boa notícia parcial. O reitor afirmou que levou números atualizados ao Ministério Público do Trabalho (MPT), comprovando que a Universidade não tem condições de demitir todos(as) os(as) trabalhadores(as) da Funpar até 2019. “Teve corte de verba na UFPR, a entrada da Ebserh não resolveu os problemas, não tem como demitir e repor todo mundo, e sem a Funpar o Hospital para”, disse a coordenadora de Administração e Finanças Mariane Siqueira. Diante do cenário, o MPT aceitou rediscutir a questão das demissões. “É um bom começo, mas certamente teremos que fazer mobilização”, disse Mariane.
Até meados de julho, os(as) trabalhadores(as) têm estabilidade devido à negociação do ACT, e não podem ser demitidos(as).
Jurídico
A base deliberou que em todas as assembleias da Funpar haverá um representante da assessoria jurídica do Sinditest para sanar as dúvidas dos(as) trabalhadores(as). Além disso, serão realizadas palestras, em diferentes turnos, sobre os direitos de aposentadoria da categoria.