Trabalhadores e trabalhadoras da base do Sinditest, reunidos em assembleia geral da categoria esta manhã (16), deliberaram pela suspensão imediata da circular sobre APH e hora extra, emitida durante o fim de semana pela gestão do Hospital. A categoria também aprovou a publicação de uma nota assinada pela direção sindical cobrando um posicionamento oficial da Reitoria invalidando a ordem de serviço. Desde a última semana, o assunto vem tirando o sono das equipes do Complexo do Hospital de Clínicas.
No dia 8 de agosto uma comissão formada por membros da base e do sindicato foi instituída para tratar do assunto junto a Reitoria. Durante reunião realizada na última quinta-feira (9) o reitor garantiu que a jornada flexibilizada dos servidores técnicos administrativos será mantida. No dia seguinte, uma nota oficial foi publicada reafirmando o que já havia sido acordado com a comissão: que a jornada atual cumprida pelos trabalhadores estatutários dos Hospitais Universitários não é tema a ser modificado ou enfrentado institucionalmente, sobretudo diante do fato de que, a esse respeito, já houve entendimento abordado pelo Tribunal de Contas da União.
Se as 30 horas estão garantidas, a questão das APHs segue indefinida. Ainda de acordo com a nota do Reitor, o tema da adequação da concessão do APH (Adicional de Plantão Hospitalar) às exigências da legalidade e dos órgãos de controle é uma discussão diferente e será enfrentada de modo separado da posição consolidada nesta gestão.
O Sinditest orienta que os trabalhadores e trabalhadoras não assinem o termo de desflexibilização proposto pela Superintendência. Qualquer mudança referente aos APHs e as horas extras serão debatidas previamente em assembleia. No entendimento da direção sindical, a circular publicada tinha por objetivo, além da imposição da jornada de 40 horas, amedrontar os(as) servidores(as). “Essa é uma armadilha, é uma chantagem que eles estão usando pra gente cair. As 30 horas tem que ser pra sempre!”, afirmou o servidor Evandro Castagna.
Retirada de direitos
Durante a assembleia, outros assuntos foram colocados em pauta, como a diferença no pagamento do adicional de insalubridade para vínculos distintos, folgas de fim de ano, plantões, escalas, ponto biométrico e outras series de ações instituídas pela gestão com o intuito de dificultar ainda mais a vida dos trabalhadores do Hospital de Clínicas. A campanha salarial também foi ponto de discussão entre os(as) trabalhadores(as).
“Tivemos uma PEC aprovada que congela os gastos públicos por 20 anos. A alegação deste governo para não dar o nosso aumento é a de que tem uma PEC que não deixa. Tudo depende agora da nossa mobilização. Nacionalmente, a nossa categoria não tem um horizonte de greve imediata. Não só o da nossa categoria, mas o conjunto do funcionalismo público. Só nós pararmos aqui o que vai acontecer é o corte do ponto. O Sindicato está, principalmente a Mariane, que agora é da Fasubra, botando pressão nos espaços onde se reúne o funcionalismo público para que a gente consiga fazer uma greve conjunta. Nossa realidade mudou”, finalizou o diretor sindical Youssef Ali.
Atendendo a deliberação da base, a diretoria do Sindicato trabalha agora na redação da nota encaminhada pela assembleia. O material será publicado em breve. Fique atento(a) as nossas redes sociais!