Trabalhadores e trabalhadoras da Fundação da Universidade Federal do Paraná (FUNPAR/HC) discutiram a importância de participar da Paralisação Nacional de amanhã, quinta-feira, dia 22, durante assembleia da categoria realizada ontem, terça-feira, dia 20, no Hospital de Clínicas (HC). Amanhã, 22, será feita uma concentração no pátio da Reitoria da UFPR, às 8 horas, com café da manhã. Na sequência, a partir das 9 horas, quando será iniciada a sessão do Conselho Universitário, a categoria fará um ato para pressionar o COUN a assumir compromissos em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
A direção do Sinditest reforçou a união da classe trabalhadora como única arma capaz de combater os ataques aos direitos de toda a população. O encaminhamento principal da assembleia foi somar na Paralisação Nacional do dia 22, convocada pelas Centrais Sindicais, e fortalecer a Paralisação Nacional do dia 29/09, puxada pelos metalúrgicos. Tudo rumo à Greve Geral.
No início da reunião, a integrante da FASUBRA Ivanilda Reis falou sobre a urgência de superar a desorganização do movimento sindical e unificar todos os trabalhadores e trabalhadoras. “Os dias 22 e 29 são datas de construção de greve geral. Greve não se faz por decreto, tem que ser construída. Temos que fazer e acontecer dentro e fora da Universidade! É hora de esquecer as diferenças e fazer unidade, tendo como eixo a luta contra o ajuste fiscal e o Fora Temer”, ressaltou. A dirigente também lembrou que os retrocessos em andamento no Congresso Nacional prejudicam sobretudo as trabalhadoras.
“Vem por aí a reforma previdenciária que vai afetar especialmente as mulheres. Nós fazemos duplas, triplas jornadas, e querem tirar nosso direito de nos aposentarmos cinco anos antes. Com o desmonte do serviço público, vão retirar o direito da população de ter acesso aos serviços públicos. Quando um hospital público fecha, nós mulheres somos mais prejudicadas, porque somos nós quem mais procuramos a saúde pública. Quando uma escola pública fecha, nós somos mais atingidas, porque neste país machista ainda são as mulheres as grandes responsáveis por educar os filhos.”
Reforma Previdenciária
Na assembleia, o advogado do Sinditest Ramon Bentivenha desconstruiu os argumentos usados pelo governo para justificar a reforma previdenciária, que ameaça a classe trabalhadora e o futuro dos(as) jovens do país. “O governo alega um rombo de R$ 149 bilhões da previdência em 2015, mas neste mesmo ano abriu mão de 157 bilhões em renúncia fiscal em favor dos empresários”, apontou.
Outro pretexto para dificultar a aposentadoria é que a população está vivendo mais. “O brasileiro é a população que mais adoece. Vive mais, mas vive com menos qualidade”, rebateu o advogado.
Imposto Sindical
Por ser contra o imposto sindical, que sustenta muitos sindicatos pelegos, o Sinditest devolve aos trabalhadores os 60% da taxa que vão para as entidades sindicais de base. “Como os bancos estão em greve, ainda não temos uma data para fazer a reversão desse valor, mas assim que tivermos vamos comunicar”, informou a coordenadora de Aposentados e Pensionistas, Maria Aparecida de Oliveira.
Jornalista Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.