Trabalhadores(as) FUNPAR discutiram sobre a importância da luta da categoria na garantia de direitos mínimos, como salário e benefícios, em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (15), no Hospital de Clínicas (HC).
A avaliação foi de que o pagamento da última parcela do 13º, efetuado na quarta-feira, foi uma vitória da mobilização da semana passada, quando os(as) técnicos(as) paralisaram pelo fracionamento de seus salários.
“Foi boa a pressão”, afirmou o coordenador geral do Sinditest José Carlos de Assis. Ele contou que a direção do HC está tão ciente do impacto causado pela organização da categoria que planeja remanejar o pessoal de setores que têm 100% de trabalhadores(as) FUNPAR, como o Agendamento. Esses locais param por completo quando há greve.
Manter a luta
“Cabe ressaltar que temos que continuar em alerta. Eles depositaram nosso 13º agora, mas será que em janeiro eles vão ser bonzinhos? Sempre que tiver atraso de algum pagamento, temos que fazer o enfrentamento”, defendeu a presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), Rosana Regina Nunes da Silva, que compunha a mesa da assembleia.
Ela afirmou ainda que os(as) trabalhadores(as) devem valer-se da combatividade do Sinditest para lutar pelos seus direitos: “Tem muito sindicato que defende o patrão, muito sindicato que é esmagado pelo governo. Se temos um sindicato que nos dá suporte, temos que nos manter assim. O Sinditest é um dos poucos que consegue fazer enfrentamento com o patrão”.
A coordenadora de Aposentados e Pensionistas do Sinditest, Maria Aparecida Oliveira, lembrou que trabalhadores(as) da FUNPAR lotados(as) na Maternidade Victor Ferreira do Amaral têm procurado o Sinditest para assessorá-los. O que mostra que o Senalba, sindicato que os representa, não tem cumprido seu papel.
Judicialização
O advogado do Sinditest Adilson Korchak fez um informe sobre a judicialização da greve da FUNPAR. A decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) deve ficar para o ano que vem. “O processo está no gabinete do desembargador, mas ele ainda não julgou. Só deve ser analisado após o recesso forense, a partir do dia 20 de janeiro”, disse o advogado. Adilson acrescentou que o atraso no pagamento do Vale Transporte foi informado e anexado aos documentos da defesa da greve.
PDV
O coordenador José Carlos afirmou à categoria que, por enquanto, tudo que for relacionado ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) é boato. “Não tem nada ainda. O PDV estava nas propostas do Ricardo Marcelo, e ele provavelmente vai sentar com os trabalhadores para discutir a questão quando assumir a Reitoria.
Tanto o Sindicato quanto a FASUBRA estão se preparando para representar o pessoal da EBSERH, informou José Carlos. “Vamos começar a organizar esses trabalhadores para superar os conflitos entre as categorias que são incentivados pela administração.” Ele lembrou que o HC foi o único hospital universitário a preservar os(as) fundacionais depois da entrada da EBSERH.
Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.