Assembleia aprova venda de sala comercial em Curitiba

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Em assembleia realizada ontem (10), técnicas e técnicos administrativos da base do Sinditest-PR aprovaram a venda da sala comercial localizada na Avenida Sete de Setembro, em Curitiba, para custear a reforma da sede social, atualmente interditada devido a uma série de avarias. Conforme deliberação dos participantes, o valor do imóvel, inutilizado há mais de seis anos, será destinado integralmente para as despesas da obra. Uma comissão composta por diretores e diretoras da entidade e também por membros da base foi designada para fiscalizar e acompanhar de perto o processo.

O salão de festas sofre com os efeitos do tempo, apesar das manutenções periódicas executadas pela direção com o caixa do Sindicato. No entanto, a diminuição na arrecadação com a demissão dos funcionários e funcionárias da Funpar, bem como as dívidas deixadas pela gestão anterior, cujo rombo ultrapassa os 70 mil reais, impossibilitam a administração de efetivar todas as ações necessárias. Problemas no teto, nas calhas, no forro e também de ordem hidráulica demandam uma intervenção mais ampla e, consequentemente, mais custosa.

A sede administrativa, embora também apresente danos semelhantes em sua estrutura, está em melhores condições de uso, assim como as colônias de praia. Na avaliação da categoria, a venda dos dois lotes de terreno em Itapoá propostos pela direção sindical para custear as melhorias nas propriedades deverá ser postergada.

 “Sempre seguimos o nosso estatuto como determinante. Esta é uma questão que já foi muito debatida e estudada pela diretoria e que agora colocamos para apreciação da assembleia. Não estamos vendendo só por vender, é que de fato a sala comercial não tem utilidade prática imediata. Vamos converter esta arrecadação para beneficiar a categoria”, explicou Máximo Dias Colares, coordenador de Administração e Finanças.

Ele completou: “Só com os recursos financeiros do Sindicato não temos condições de fazer nenhuma das obras. Arrecadamos aproximadamente R$190 mil por mês, mas temos muitas despesas com as atividades regulares da entidade. Temos um custo muito alto e a inflação dos últimos anos piorou as coisas. Temos o compromisso de usar da melhor forma possível os recursos do Sindicato, não podemos investir em algo que não teremos condições de pagar”.

Adquirida em 2010, a sala comercial está localizada próxima à UTFPR. De acordo com o diretor sindical da época, o motivo da aquisição foi uma determinação que proibia a permanência de entidades de classe dentro das Universidades. Com a queda da medida, o Sindicato passou a ocupar um espaço dentro da instituição, muito mais cômodo para os filiados e filiadas.

“Há meses debatemos essa questão. Essa foi a única solução encontrada para termos responsabilidade com as finanças do Sindicato, que foram destruídas pela gestão anterior, golpista. Até mesmo o fundo de greve foi dilapidado, mesmo sem qualquer tipo de mobilização durante o mandato deles. Infelizmente, estamos sofrendo as consequências de um grupo irresponsável, que não teve a menor responsabilidade com os bens dos filiados e filiadas. Nos comprometemos, juntamente com a Comissão eleita, a sermos transparentes em todas as etapas de venda desse imóvel”, finalizou Máximo.

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