Assembleia aprova apresentação de contraproposta de 8,99% no plano de saúde UNIMED

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Beneficiários(as) do plano de saúde oferecido pelo Sinditest-PR aprovaram na última sexta-feira (12), por unanimidade, a apresentação de uma contraproposta ao reajuste sugerido pela Unimed. O percentual de acréscimo autorizado pela assembleia, de 8,99%, baseia-se no índice inflacionário medido pelo INPC de julho de 2021 –  a operadora do plano pleiteia um aumento de 21,54%, proposta considerada inviável e desconectada da realidade da categoria, que acumula perdas salariais, e do país, cuja economia está assolada pela inflação.  Os(as) participantes também reivindicam que o teto por procedimento seja de R$90, sem que isto altere o percentual de coparticipação; que o Ponto de Equilíbrio suba para 85% (sinistralidade); e que a empresa permita o retorno dos TAEs que por algum motivo tiveram que sair dos planos.

Com o objetivo de embasar as negociações, membros da comissão eleita para este fim tiveram acesso a um relatório produzido pelo Dieese a pedido do Sindicato. O documento analisa a inflação do período e o impacto da Covid-19 entre os 50 maiores utilizadores do plano.

“A sinistralidade apresentada pelos relatórios da Unimed foi baseada em períodos de pico da pandemia. Tendo em vista a vacinação e as estatísticas do número de contaminação e mortes, já estamos em decréscimo, o que possibilita uma menor incidência nos gastos futuros. Portanto, os relatórios apresentados pela administradora do plano refletem uma fotografia de um momento crítico, que é temporário e já diminuiu muito”, explica a coordenadora Maria Aparecida, a Cida.

Além disso, 626 novas vidas foram incorporadas ao plano de 2018, totalizando 1595 vidas assistidas pela operadora do benefício através dos dois convênios com a entidade. O ingresso massivo de novos usuários possibilitou um incremento à Unimed, ajudou a equilibrar os custos e ajudará na “oxigenação” dos planos num futuro próximo.

“É evidente que não houve e não há prejuízo para a operadora, eles só não estão lucrando o quanto gostariam. Estamos, enquanto Sindicato e enquanto Comissão, determinados a garantir que o prejuízo não recaia somente no bolso do beneficiário, do trabalhador e da trabalhadora. Nosso último reajuste salarial foi de 10,5% em 2015, que foram divididos em duas vezes: 5,5% em 2016 e 5,0% em 2017. De 2018 pra cá só tivemos destruição de direitos e perdas no salário”, finaliza Cida.

Uma nova assembleia será convocada essa semana para debater a resposta da operadora.

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