Em assembleia virtual realizada na última quinta-feira (24), técnicas e técnicos administrativos em educação da base do Sinditest-PR discutiram a campanha salarial e elegeram as delegadas e os delegados que irão representar a categoria na próxima Plenária Nacional da Fasubra, que acontecerá virtualmente nos dias 4 e 5 de março. A reunião contou ainda com a participação de Andréa Stinghen, da coordenação da APUFPR, e de Lino Trevisan, da SINDUTFPR – os sindicalistas, a convite da direção do Sindicato, fizeram um relato acerca das mobilizações para a greve unificada do serviço público em suas bases. Após a exposição de ambos, Naara Aragão, da coordenação nacional da Fasubra, deu início ao primeiro ponto. Em sua fala, apresentou os encaminhamentos atuais da Federação em relação ao início do movimento paredista unificado, explicando que divergências quanto às datas resultaram na necessidade de reformulação do calendário de lutas.
Confira abaixo uma síntese do debate!
Campanha Salarial
“Nós construímos desde a plenária de dezembro uma resolução de aprovação de greve conjunta dos servidores públicos federais (SPFs) pelo reajuste emergencial, que vem muito de uma indignação da categoria em relação ao aumento somente para os policiais. Diante disso foi gerada uma comoção que não víamos há tempos, principalmente com a possibilidade de retorno ao trabalho presencial e de fazermos um enfrentamento de greve nas ruas. A Fasubra então aprovou que em fevereiro iria iniciar um processo de construção de greve coletiva, só que no Fonasefe não houve acordo com a data. Então a Fasubra vem trabalhando na construção de datas coletivas, porque a gente entende que nesse processo de campanha salarial é necessário que todo o funcionalismo pare conjuntamente, para que a gente não tenha represálias para uma categoria só”, afirmou Naara.
Ela completa: “dessa forma, construímos a primeira data para o dia 9 de março e na última plenária aprovamos a construção da greve para essa data. No entanto, nas reuniões que estamos tendo com o Fonasefe, as demais entidades afirmaram que só a Fasubra está pronta para essa greve nesta data. Desta forma, foi construído um novo calendário”.
O novo calendário nacional de lutas, cuja adesão pelo Sinditest-PR foi aprovada por 90% da assembleia, prevê a participação das entidades do funcionalismo público federal nos atos organizados pelas frentes feministas em razão do dia 8 de março, que esse ano terá como mote “Pela vida das mulheres, fora Bolsonaro e por comida na mesa”, luta que será incorporada também pelos SPFs; lançamento do Comando Nacional de Construção da Greve no dia 09 de março; greve unificada nacional de 24 horas no dia 16 de março – um ultimato para o governo Bolsonaro se posicionar quanto ao reajuste; e deflagração da greve por tempo indeterminado, caso as negociações não avancem, a partir do dia 23 de março.
A greve das servidoras e dos servidores públicos federais tem como principal eixo o reajuste emergencial do período Bolsonaro de 19,99%, sem abrir mão das perdas salariais históricas que somam mais 30%.
“É importante que todos saibam disso. Nós não estamos falando das nossas greves antigas. Sabemos que não vai ser uma greve longa e o mais tático nesse momento é unificar todas as categorias, fazer a reivindicação do índice que tem a ver com o governo Bolsonaro, pra ele não dizer que está tendo que resolver problemas do passado. Nesse momento no qual estamos tão endividados, todo mundo sofrendo com a inflação, com todas as mazelas do nosso salário congelado há tanto tempo, temos que apoiar o entendimento das entidades nacionais e unificar a luta e a greve”, ressaltou Mariane Siqueira, coordenadora geral do Sinditest-PR.
Plenária da Fasubra
Segundo ponto de pauta, a eleição das delegadas e delegados para a próxima Plenária da Fasubra aconteceu de forma rápida e sem intercorrências. Apenas uma chapa se inscreveu para representar a categoria no evento, que irá discutir, entre outros tópicos, a realização do XXIV CONFASUBRA; a prorrogação do mandato da Direção Nacional e do Conselho Fiscal e a deflagração da greve unificada do serviço público. Compõem a chapa eleita por ampla maioria, com 97% dos votos, as técnicas Elis Regina Ribas, Rosaninha Silva, Flávia Cordeiro, Mariane Siqueira, Maria Aparecida Oliveira, Letícia Ribas e Melissa Vicentini, e os técnicos Guilherme Latini, Guilherme Ruthes, Max Colares e Evandro Castagna.
“É importante que as delegadas e delegados eleitos incorporem os encaminhamentos aprovados pela nossa assembleia e levem todas as discussões realizadas pela nossa categoria, os debates realizados, para a Plenária Nacional da Fasubra, que é lá de fato que o calendário vai se concretizar”, finalizou Max Colares, coordenador de Administração e Finanças do Sinditest-PR.