Na manhã desta quinta-feira (21), os trabalhadores da Funpar/HC decidiram pelo estado de greve.
Por duas vezes, o advogado Luiz Antonio Abagge deixou claro em reuniões com o Sinditest que os trabalhadores da Funpar/HC não têm estabilidade nos empregos. A última foi no dia 12 de maio, durante negociação da campanha salarial 2015/2016. “Vocês têm estabilidade? Eu já deixei bem claro: ninguém tem estabilidade. Amanhã, se a instituição quiser demitir alguém, pode demitir. Ela está autorizada a demitir, escolhe quem quer demitir”, garantiu.
Segundo ele, não há nem mesmo a estabilidade de cinco anos, até 2019, como hoje é argumento comum. “O que existe é um acordo que permite que a Funpar tenha um prazo de cinco anos para fazer essas demissões.”
A estabilidade de cinco anos é uma das modificações propostas este ano pelos fundacionais no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Na mesma reunião do dia 12, Abagge tentou minimizar as declarações. “Isso vai acontecer? Não. Não há interesse de fazer qualquer demissão maior enquanto não recuperarmos o quadro perdido do hospital.”
Para a diretora do Sinditest, Carla Cobalchini, a fala de Abagge é uma forma de pressionar a categoria. “É uma fala carregada de ameaça. A Funpar utiliza a manutenção dos empregos como uma forma de ameaçar permanentemente os trabalhadores”, analisa. De acordo com ela, Abagge também mostra o desdém da instituição pelos trabalhadores fundacionais. “Ele deixou claro que os empregos só serão mantidos até que seja conveniente para a Ebserh.”
Sandoval Matheus
Assessoria de imprensa do Sinditest
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